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Henrique Velozo foi indiciado e preso por homicídio qualificado por dissimulação que dificultou defesa da vítima e motivo fútil

Gabriel Mansur - 09/08/2022 21h21 | atualizado em 10/08/2022 12h17

Leandro Lo e Henrique Velozo Fotos: Arquivo pessoal

O inquérito policial que investiga as causas e responsabilidades pela morte do lutador Leandro Lo traz novas informações sobre o episódio nesta terça-feira (9). Segundo a Polícia Civil, que apura o caso, o tenente da Polícia Militar Henrique Velozo, apontado como autor do disparo que atingiu o atleta na cabeça, “simulou ter desistido do impasse” para praticar o crime de forma repentina.

A briga, ainda segundo as investigações, aconteceu durante um show de pagode no Clube Sírio, na Zona Sul de São Paulo, no último sábado (6), quando o agente foi imobilizado e solto pelo campeão mundial de jiu-jítsu. Após isso, o oficial, que estava de folga e sem uniforme, sacou a arma que escondia debaixo da roupa, na cintura, e atirou na testa do atleta.

– Henrique simulou ter desistido do impasse, virou-se de costas, deu alguns passos na direção contrária a Leandro e repentinamente sacou a arma de fogo escondida sob suas vestes e efetuou um único disparo na testa de Leandro, evadindo-se do local em seguida – informa um dos trechos do documento a partir do que testemunhas disseram à polícia.

Leandro, de 33 anos, chegou a ser socorrido e levado ferido ao Hospital Saboya, mas não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral confirmada no domingo (7). Nesse mesmo dia, Henrique, que era procurado pela polícia, se entregou à Corregedoria da PM e entregou sua arma, que foi apreendida. Depois, foi levado à delegacia que investiga o caso, onde ficou em silêncio ao longo de todo o seu interrogatório.

Ele acabou detido e indiciado por homicídio qualificado por dissimulação que dificultou defesa da vítima e motivo fútil. Por decisão da Justiça, Henrique está preso temporariamente por 30 dias no presídio militar Romão Gomes, na Zona Norte da capital.

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