PM do Rio acusa STF de criar “zona de proteção ao crime”
Operações policiais em favelas estão proibidas na pandemia
Gabriela Doria - 05/08/2020 16h56 | atualizado em 05/08/2020 17h05

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, enviou um ofício ao Supremo Tribunal Federal culpando a Corte pelo aumento na criminalidade em comunidades. Recentemente, os ministros confirmaram a proibição de operações policiais em favelas durante a pandemia.
Já a polícia do estado foi além, e acusou o STF de criar uma “zona de proteção ao crime organizado”.
Desde que as operações policiais foram suspensas, eventos como bailes funk e festas de rua voltaram a acontecer com força total nas favelas. Aos fins de semana, é possível ver grandes aglomerações e até criminosos portando fuzis e circulando livremente entre moradores.
No dia 5 de junho, o ministro Edson Fachin emitiu uma medida cautelar determinando que “não se realizem operações policiais em comunidades do Rio de Janeiro durante a epidemia da Covid-19”. Já na última segunda-feira (3), após o recesso do Judiciário, o plenário do STF formou maioria a favor da liminar, com nove votos seguindo Fachin e dois contra.
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