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PF mira esquema de falsificação de documentos do Exército

Foi o próprio Exército que avisou a corporação sobre a fraude, que tinha como objetivo facilitar a venda e o porte de armas

Paulo Moura - 10/02/2022 08h16 | atualizado em 10/02/2022 13h40

Polícia Federal cumpre mandados da Operação Confessio Foto: Reprodução/TV Globo

A Polícia Federal (PF) iniciou, nesta quinta-feira (10), uma operação contra um esquema de falsificação de documentos do Exército para facilitar a venda e o porte de armas no Rio de Janeiro. Batizada de Confessio, a ação foi deflagrada após o próprio Exército ter alertado a PF sobre a fraude. Os militares também acompanham as equipes policiais nesta quinta.

Ao todo, mais de 100 policiais foram mobilizados para cumprir 27 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 3ª Vara Federal da Subseção Judiciária de São João de Meriti (RJ). Segundo a investigação, eram falsificados Certificados de Registro de Armas de Fogo (Crafs), Guias de Tráfego, Certificados de Registro (CRs) e Requerimentos para Aquisição de Arma de Fogo e Acessório.

Os documentos em questão são obrigatórios para quem deseja comprar ou possuir armas e a expedição deles depende de requisitos como avaliações psicológicas e testes de capacidade técnica, justamente o que estaria sendo fraudado, já que os papéis falsos saíam sem qualquer fiscalização.

– No decorrer da investigação, verificou-se ainda a falsificação de documentos que instruem o processo de compra de arma de fogo por Caçador, Atirador e Colecionador (CAC) e sua posterior utilização para compra e venda do armamento junto a estabelecimentos comerciais – afirmou a PF.

A Polícia Federal destacou ainda que encontrou “declarações de próprio punho” de alguns compradores “afirmando estar sem o documento essencial ao recebimento do armamento” e “plenamente conscientes de que isso configura crime”. Foi exatamente dessa atitude que surgiu o nome da operação: Confessio.

Os investigados pela ação responderão pelos crimes de falsificação de documento público federal, uso de documento falso, comércio ilegal de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, cujas penas máximas podem somar 28 anos de prisão.

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