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PF indicia Cariani e outras duas pessoas após finalizar inquérito

Corporação afirma ter provas suficientes de que o trio teria praticado tráfico equiparado, lavagem de dinheiro e associação para tráfico de drogas

Thamirys Andrade - 30/01/2024 11h30 | atualizado em 31/01/2024 14h05

Renato Cariani Foto: Reprodução / YouTube / Renato Cariani

A Polícia Federal (PF) de São Paulo finalizou o inquérito contra o influenciador fitness Renato Cariani, suspeito de desviar toneladas de produtos químicos de sua empresa para o narcotráfico. Como resultado da apuração, que durou dez meses, a corporação indiciou o empresário e mais dois de seus amigos por tráfico equiparado, lavagem de dinheiro e associação para tráfico de drogas. A corporação afirma ter colhido provas suficientes contra o trio, por meio de interceptação telefônica e troca de mensagens.

Segundo informações do portal G1, foram indiciados juntos com Cariani, sua sócia Roseli Dorth, e o empresário Fabio Spinola Mota. Os três são suspeitos de utilizar a empresa Anidrol Produtos para Laboratórios Ltda. para desviar produtos químicos com a finalidade de produzir cocaína e pedras de crack.

Como forma de encobertar os crimes, eles teriam falsificado cerca de 60 notas fiscais da venda dos produtos, para constar que as substâncias haviam sido compradas por multinacionais farmacêuticas, como a AstraZeneca e a LBS Laborasa.

Entre os compostos químicos que teriam sido desviados para o tráfico, estão 12 toneladas de acetona, ácido clorídrico, cloridrato de lidocaína, éter etílico, fenacetina e manitol. O esquema, que teria durado seis anos (2014-2021), beneficiava uma rede internacional de entorpecentes, cuja uma das facções envolvidas é o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Apesar do indiciamento, a PF não solicitou a prisão dos suspeitos. O relatório foi enviado para o Ministério Público Federal (MPF), que decidirá acatar ou não a denúncia. Por fim, a Justiça Federal determinará se eles serão julgados pelas acusações.

A PF também identificou mais suspeitos, que não foram indiciados, porque a corporação considera que é necessário recolher mais provas.

 

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ENTENDA
O inquérito foi iniciado após a Receita Federal identificar depósitos suspeitos que envolviam valores que ultrapassavam os R$ 200 mil e o nome da AstraZeneca. Ao ser contatada, a multinacional negou que tivesse adquirido substâncias da Anidrol.

Cariani ainda não se pronunciou sobre o fim do inquérito e os pedidos de indiciamento. Mas em dezembro do ano passado, ele deu sua versão por meio de um vídeo de pouco mais de 30 minutos publicado nas redes sociais. No depoimento, ele explicou o funcionamento de sua empresa e negou ter feito parte de qualquer esquema.

Na gravação, o influenciador afirma que sua empresa é tão vítima quanto a AstraZeneca. Ele também abordou sua relação com Fábio Spínola, empresário de Diadema (SP) que já era investigado pela PF, e separou outro trecho do vídeo para detalhar o cadastramento em sua empresa e suas técnicas para combater fraudes.

– Nós movimentamos, produzimos, comercializamos, vendemos centenas de toneladas de produtos por mês. Nós estamos falando de uma empresa de 42 anos de história. Dezesseis toneladas em seis anos chegam a ser simbólico, desapercebido, dentro da logística de material que nós temos – acrescentou.

Assista ao vídeo completo, que está disponível:

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