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PF faz operação contra desvios de recursos na saúde do Pará

Contratos investigados ultrapassam R$ 1,2 bilhão e envolvem várias entidades

Paulo Moura - 18/08/2021 09h30 | atualizado em 18/08/2021 10h35

Operação policial cumpriu diversos mandados de prisão nesta quarta Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) realiza, nesta quarta-feira (18), uma operação para combater o desvio de recursos públicos na área da saúde do Pará por meio da contratação de Organizações Sociais, para a gestão de hospitais públicos. Batizada de Reditus, a ação faz parte da segunda fase da Operação SOS.

Ao todo, cerca de 400 agentes da PF, além de servidores da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), cumprem 95 mandados de busca e apreensão, 54 mandados de prisão temporária e 6 mandados de prisão preventiva, expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal, nos estados do Pará, de São Paulo, de Goiás, do Ceará, do Amazonas, do Rio de Janeiro, do Espírito Santo e do Mato Grosso.

Os contratos investigados ultrapassam R$ 1,2 bilhão e envolvem quatro organizações sociais, cinco hospitais regionais e quatro hospitais de campanha montados para enfrentamento da pandemia no Pará. As investigações apontam que a gestão estadual efetuava repasses de verba às Organizações Sociais (OS) contratadas e que estas subcontratavam outras empresas para prestarem serviços.

– Os serviços subcontratados eram superfaturados, ou nem sequer eram prestados, permitindo que a verba que deveria ser destinada à aquisição de bens ou serviços retornasse para os integrantes da organização criminosa por meio de um complexo esquema de lavagem de dinheiro – informou a PF, em nota.

Além dos mandados de busca e apreensão e de prisão, foi determinada a suspensão das atividades de duas empresas utilizadas para lavagem de dinheiro, o sequestro de bens pertencentes ao principal operador financeiro do esquema, avaliados em mais de R$ 150 milhões, e o bloqueio de valores presentes nas contas bancárias das pessoas físicas e jurídicas investigadas.

Em nota, o governo do Pará afirmou que não é alvo da operação da PF e disse que o “estado rompeu com as Organizações Sociais (OS) com as quais não mantém mais nenhum contrato. Os órgãos públicos apoiam todas as investigações para que a verdade seja esclarecida”.

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