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PF cumpre mandados para políticos e empresários da BA e MG

Operação na manhã desta quinta-feira (23) investiga grupo que fraudava licitações para desviar recursos de transportes públicos

Emerson Rocha - 23/11/2017 09h17 | atualizado em 23/11/2017 10h32

Agentes da PF estão em várias cidades da Bahia Foto: PF/Divulgação

Algumas cidades da Bahia e de Minas Gerais amanheceram nesta quinta-feira (23) com a chegada de agentes da Polícia Federal. Em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Controladoria Geral da União (CGU), eles cumprem nove mandados de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 13 de medidas cautelares e 41 de busca e apreensão. Denominada de operação Lateronis, a ação tem o objetivo de combater crimes de desvio de recursos públicos destinados à área da educação no centro-sul baiano. Um grupo formado por políticos e empresários locais, além de servidores, fraudava licitações, principalmente em contratos na área de educação, para desviar recursos públicos.

No total, os contratos fraudados somam R$ 140 milhões, dos quais R$ 45 milhões teriam sido desviados. A operação, que conta com 160 policiais federais e 16 auditores do CGU, está presente nas cidades baianas de Barra do Choça, Cândido Sales, Condeúba, Encruzilhada, Ribeirão do Largo, Gandu, Itambé, Jequié, Piripá, Vitória da Conquista, Tanhaçu, Ipirá, Salvador, Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e Formosa do Rio Preto. Já em Minas Gerais, os mandados estão sendo cumpridos na cidade de Mata Verde.

De acordo com as investigações dos órgãos, que começou em 2013, três falsas cooperativas, que pertenciam a um mesmo grupo, vencedoras de licitações recorrentes, desviavam recursos públicos obtidos através de contratos celebrados com diversos municípios, na área de transporte, sobretudo escolar. São investigadas a Coopetran (Cooperativa de Transportes Alternativos do Estado da Bahia), a Transcops (Cooperativa de Trabalho dos Profissionais de Transportes Alternativos Especiais), e a Transcoob (Cooperativa Mista de Profissionais de Transporte e Consumo do Brasil).

Segundo a PF, o nome da operação, Lateronis, é uma referência aos soldados da Roma antiga, que guardavam as laterais e as costas do imperador e que, de tanto estarem ao lado do poder, passaram a acreditar que eram o próprio poder e podiam atuar de forma impune ao cometerem delitos contra os mais pobres.

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