Perito da Polícia Civil é morto por militares da Marinha
Caso aconteceu no Rio de Janeiro
Pleno.News - 16/05/2022 15h58 | atualizado em 16/05/2022 17h28

Na última sexta-feira (13), um papiloscopista do Instituto de Identificação Félix Pacheco foi morto por três militares da Marinha. O crime aconteceu após uma discussão em um ferro-velho na Zona Norte da capital fluminense. As informações são do portal G1.
Um sargento se entregou no 1º Distrito Naval e confessou o crime. As investigações apontam que os militares usaram um veículo oficial da Força para esconder o corpo da vítima.
A polícia foi acionada após o papiloscopista não ter comparecido ao plantão que faria no trabalho, no último sábado. O celular de Renato foi rastreado por equipes da Delegacia de Homicídios, da 18ª DP (Praça da Bandeira) e do Félix Pacheco. As equipes descobriram que a vítima teve uma briga com Lourival Ferreira de Lima, dono de um ferro-velho, na Mangueira.
O Instituto de Identificação Félix Pacheco é um órgão vinculado à Polícia Civil do Rio de Janeiro.
Renato fazia uma obra no bairro Praça da Bandeira. O crime ocorreu após ele ter sido vítima de uma sequência de furtos. Na manhã de sexta-feira, o papiloscopista achou seus materiais no ferro-velho e conseguiu um acordo de ressarcimento, mas quando voltou ao ferro-velho, durante a tarde, foi vítima de uma emboscada.
Lourival chamou o filho, Bruno Santos de Lima, sargento da Marinha, o cabo Daris Fidelis Motta e o terceiro-sargento Manoel Vitor Silva Soares. Os quatro homens tentaram forçar a entrada de Renato em uma van da Marinha. A vítima resistiu e entrou em luta corporal, até que foi baleada por Bruno, na barriga e na perna.
Ainda não se sabe se o funcionário do Félix Pacheco estava vivo ou morto quando foi jogado de uma ponte do Arco Metropolitano sobre o Rio Guandu. O corpo ainda não foi localizado.
MARINHA SE MANIFESTA
A Marinha do Brasil se pronunciou a respeito do caso e revelou que tomou conhecimento do ocorrido na noite de sábado. O crime envolveu militares da ativa do Comando do 1º Distrito Naval.
– Os militares envolvidos foram presos em flagrante pela polícia e responderão pelos seus atos perante a Justiça. A MB lamenta o ocorrido, se solidariza com os familiares da vítima e reitera seu firme repúdio a condutas e atos ilegais que atentem contra a vida, a honra e os princípios militares. A MB reforça, ainda, que não tolera tal comportamento, que está colaborando com os órgãos responsáveis pela investigação e informa que abriu um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da ocorrência – disse a Marinha.
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