Rafael Ramos - 04/03/2020 09h30

Investigado pela Polícia Civil de Porto Alegre por prometer imunização contra o coronavírus em um culto, o pastor Sílvio Ribeiro, da Igreja Catedral Global do Espírito Santo, concedeu uma coletiva de imprensa, na tarde desta segunda-feira (3), no templo da igreja. Em sua defesa, o religioso afirmou que estava apenas obedecendo a Palavra de Deus.

– Se soubesse que a declaração causaria polêmica ou pânico ou agrediria a medicina e os médicos jamais teria falado. Somente falei em defesa da minha fé, da palavra de Deus. Jesus me mandou não só orar por quem está com coronavírus, mas me mandou até ressuscitar morto – declarou.

Silvio ainda questionou às autoridades por que ele não foi preso na hora do culto já que o acusam de cometer um crime. Ele disse que não vendeu óleo durante a reunião, mas ungiu quem esteve presente porque tem “que ser fiel à palavra do Deus vivo”.

Nesta quarta-feira (4), o pastor e outros membros da igreja serão ouvidos na delegacia pela manhã. Responsável pela investigação, a delegada Laura Lopes acredita que os depoimentos devem durar o dia inteiro.

– Nossa intenção foi a melhor de todas, levar fé, esperança e amor. Infelizmente, num péssimo momento, usei as palavras erradas e peço perdão. Vou ser amigo do que está na sociedade para ajudar o ser humano – finalizou Sílvio Ribeiro.

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