Pastor e família são vítimas de racismo em pousada no RJ
Mensagem de ódio do arrendatário viralizou nas redes sociais
Jade Nunes - 29/01/2019 15h52 | atualizado em 29/01/2019 16h42

O reverendo Marco Antônio de Oliveira, da Igreja Metodista de Iguaba Grande, foi vítima de racismo na Ilha da Gipóia, em Ilha Grande, no Rio de Janeiro. Na última semana, ele e sua esposa viajaram com os filhos para comemorarem 31 anos de casamento. O grupo sofreu humilhações por parte de Henrique de Santana, arrendatário da Pousada Canto do Hibisco.
– Situações desagradáveis aconteceram. O ambiente estava estranho, depois sumiu determinado valor da carteira do namorado da minha filha. Isso foi falado à gerência e desencadeou outros fatos. Fomos maltratados – disse à Rádio 93 FM.
Priscila de Oliveira, filha de Marco Antônio, fez um post nas redes sociais relatando o fato. No lugar de um pedido de desculpas, o arrendatário escreveu um texto desagradável para a família.
– O material foi impresso e está com a justiça. Nos chamou de pobres, feios e miseráveis. Fizemos a denúncia porque precisamos mudar a característica do Brasil. Todos somos iguais, não devemos aceitar esse tipo de atitude – afirmou.

O relato viralizou e comoveu diversas pessoas. Entre elas a empresária Roberta Nakamashi, dona da Pousada do Preto, uma das mais tradicionais de Ilha Grande. A profissional ofereceu estadia de um fim de semana para a família do reverendo.
– Infelizmente, o que aconteceu foi uma atitude isolada. Oferecer estadia é uma forma de mostrar que os outros estabelecimentos da ilha, com certeza, não compactuam com tal comportamento (do arrendatário). Entendemos que nossos hóspedes são preciosos, a razão de nossos empreendimentos. São amigos, independentes de cor, raça e credo – declarou.
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