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Pastor é condenado a 44 anos por estupro de adolescentes

Religioso prometia cura física e espiritual em troca de sexo

Ana Luiza Menezes - 14/05/2019 19h58 | atualizado em 14/05/2019 19h59

Nesta terça-feira (14), o pastor Pedro Jorge dos Santos Teixeira, de 31 anos, foi condenado a 44 anos, 10 meses e 28 dias de prisão por estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude. Ele é acusado de ter abusado de quatro adolescentes, que frequentavam sua igreja, na Zona Leste de São Paulo.

O religioso terá que cumprir a pena em regime inicial fechado. De acordo com o Ministério Público, as vítimas foram enganadas diante de promessas de cura física e espiritual. Em troca, os menores de idade tiveram que fazer sexo com Pedro e o ‘anjo’ Camel, que ele dizia incorporar.

O julgamento do pastor teve início em janeiro, mas acabou interrompido e continuou nesta terça-feira. No início do ano, foram ouvidas três testemunhas de acusação e duas de defesa. Na época, a sessão foi paralisada porque o advogado de Teixeira exigiu a oitiva de uma testemunha de defesa, que não compareceu.

Pedro estava preso desde setembro do ano passado. Ele alega que é inocente. Os crimes foram cometidos entre os anos de 2014 e 2018, contra meninos e meninas de 14 a 17 anos de idade.

O 49º Distrito Policial, onde as acusações foram registradas, continua investigando a existência de outras vítimas. O pastor chegou a usar as redes sociais para publicar um vídeo, antes de ser detido. Ele afirmou que é vítima de uma armação.

CONSENSUAL
A defesa de Pedro admitiu que apenas um dos casos se baseia em uma história verídica. O pastor confirmou que se relacionou com uma menina de 15 anos, mas disse que tudo aconteceu com o consentimento dela.

– Ele [Pedro] fala que foi vítima de armação por parte de uma moça. Meu cliente diz que foi relacionamento consensual. Não sei se transaram, mas ele começou a se afastar pela posição dele e idade dela, que é menor – falou o advogado Nelson Bernardo da Costa, ao portal G1.

Ainda segundo ele, Teixeira foi perseguido pela adolescente, que não aceitou o fim do relacionamento.

– Ela ia à casa dele, mas ele se negou a recebê-la. E ela ameaçou dizendo que iria procurar autoridades. Ela começou a fazer exigências, talvez financeira, e ele tentou sair – afirmou.

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