Pastor diz que Cabral pediu assinaturas por cinemateca
Pastor diz que Cabral pediu assinaturas por cinemateca
Declaração foi dada pelo pastor João Reinaldo Purin Júnior, da Igreja Batista do Méier, em depoimento ao MPRJ
Henrique Gimenes - 29/11/2017 16h15 | atualizado em 29/11/2017 16h43
As investigações sobre o cinema que seria instalado na Cadeia Pública de Benfica, na Zona Norte do Rio de Janeiro, local onde se encontra o ex-governador Sérgio Cabral, continuam. Em depoimento ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), o pastor João Reinaldo Purin Júnior, presidente da Igreja Batista do Méier, afirmou que as assinaturas que aparecem no termo de doação dos equipamentos foram feitas de “forma ardilosa”. As informações foram dadas pela Globonews.
O documento foi assinado pelo pastor Carlos Alberto de Assis Serejo e pela missionária Clotilde de Moraes, ambos da Igreja Batista do Méier. E pelo pastor Cesar Dias de Carvalho, da Comunidade Cristã Novo Dia. Entre os equipamentos havia uma televisão de 65 polegadas, home theater, aparelho de Blu-ray e 160 filmes.
No depoimento, dado nesta terça-feira (28), João Reinaldo Purin negou que a doação foi feita por sua igreja. Ele também ressaltou que o pastor Carlos Serejo lhe disse que o ex-governador Sérgio Cabral foi quem pediu as assinaturas no documento. E afirmou ainda que, tanto Carlos Serejo, quanto a missionária Clotilde não possuem poder para assinar documentos relacionados à instituição religiosa.
No dia 1º deste mês, o pastor Cesar Carvalho confirmou ao Pleno.News que havia assinado documento da doação, mas garantiu que os equipamentos seriam destinados ao uso de todos os presos. Cesar Carvalho confirmou ainda que não sabia a origem dos equipamentos, e que, mesmo assinando, a cinemateca não havia sido doada por sua congregação.
Com a repercussão do caso, a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) resolveu doar os equipamentos para um orfanato em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
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