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Eles consideram que família de Flordelis não está contribuindo para a solução do crime

Ana Luiza Menezes e Henrique Gimenes - 24/06/2019 18h13 | atualizado em 25/06/2019 15h52

Advogado Angelo Máximo Foto: Pleno.News/Ana Luiza Menezes

Disposta a ajudar na solução do assassinato Anderson do Carmo, a família do pastor decidiu contratar um advogado para atuar como assistente de acusação. O motivo seria a pouca contribuição que a família da deputada federal Flordelis, viúva de Anderson, está dando para o caso.

Na tarde desta segunda-feira (24), o advogado Angelo Máximo chegou à Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí para atuar no caso. De acordo com ele, a família de Anderson está “surpresa e assustada” com o crime, mas quer ter conhecimento dos fatos. O defensor ressaltou ainda que vai ajudar a esclarecer os “pontos obscuros”.

– Não está havendo participação de quem deveria contribuir com a solução do caso. [Para a família de Anderson], ninguém está contribuindo. Estou entrando como assistente da acusação e auxiliando o Ministério Público – contou.

O advogado disse ainda que foi contratado pela irmã e pela mãe do pastor.

– [Fui acionado] pela irmã do pastor e falei ao telefone com a mãe dele (…) O interesse [da família] é saber como anda a investigação que apura a morte de seu filho querido (…) A família está incomodada com as atitudes de não se ter uma contribuição para a resolução do caso – destacou.

Nesta terça-feira (25), a deputada fará uma coletiva de imprensa para falar sobre o caso. Nas redes sociais, ela diz que não quer acreditar que seus filhos sejam os culpados pela morte de Anderson. Ela também afirmou que, como mãe, ainda tem esperanças de que sejam inocentes.

O CASO
O pastor Anderson do Carmo foi assassinado na madrugada do domingo (16) na garagem de casa, em Pendotiba, Niterói (RJ). O laudo mostrou 30 perfurações pelo corpo, a maior parte nas costas, peito e região da virilha. Anderson era casado há 25 anos com Flordelis, pastora e deputada federal pelo Rio de Janeiro. Sempre ao lado da esposa, ele atuava como secretário-geral do PSD no Estado.

Dois filhos da pastora estão presos preventivamente, Lucas dos Santos, de 18 anos, e Flávio dos Santos Rodrigues, de 38 anos. O mais velho assumiu ter efetuado seis tiros. Lucas teria ajudado comprando a arma, mas não estaria em casa no momento dos disparos. Os agentes ainda estão investigando os pontos contraditórios.

Um terceiro filho teria afirmado, em depoimento, que não ouviu discussão, barulho de carro ou moto em fuga. Que quando chegou na cena do crime encontrou o irmão Flávio próximo ao pai, caído. Ele garantiu ainda que o celular de Anderson, que está sumido, foi entregue a Flordelis.

Ainda em depoimento, o filho disse que o pastor já recebeu uma mensagem com ameaça de morte e uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil a Lucas para que cometesse o crime. Flordelis e três filhas já teriam colocado remédios na comida de Anderson, por isso, sua saúde estava debilitada.

*Atualizada às 21h37

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