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Paisagista perdoa agressor, mas quer que justiça seja feita

"Não quero carregar esse horror que ele fez comigo porque vai me prejudicar mais", declarou Elaine Caparróz

Rafael Ramos - 12/03/2019 17h15 | atualizado em 12/03/2019 18h17

Elaine Caparróz comenta episódio com agressor Foto: Reprodução

Quase um mês após ser agredida durante 4h por Vinícius Batista Serra, de 27 anos, a paisagista Elaine Caparróz concedeu entrevista ao portal UOL. Evangélica, ela disse que perdoou o agressor, mas deixou claro que espera justiça. Elaine prestará depoimento ao promotor de justiça nesta quinta-feira (14).

– Perdoar Vinícius Serra? Complicado dizer. Prefiro deixar claro: perdoo ele, mas a justiça tem que ser feita. Não quero carregar esse horror que ele fez comigo porque vai me prejudicar mais. Eu libero perdão para ele porque quero me libertar, não porque tenho dó ou gosto dele.

Hospedada na casa de amigos, Elaine revelou que sofreu violência psicológica por anos. Os episódios ocorreram dentro de um relacionamento que ela teve após se separar do lutador Ryan Gracie, com quem teve o filho Rayron Gracie. Em relação a Vinícius, ela conta que ele a abordou pela internet e pediu para ser seu amigo.

– Nossas conversas foram breves. Ele chegou, brindamos, comemos queijo, meu filho me ligou e falei com ele por quase 15 minutos. Depois colocamos um filme de terror. Lembro que era uma porcaria e trocamos. Aí senti como se o ambiente da sala tivesse saído da realidade e virado um sonho. Senti algo estranho. Nem lembro como fui da sala para o quarto. Eu tenho convicção de que fui drogada – relembra.

Na época em que o caso aconteceu, o vereador Carlos Bolsonaro chegou a comentar que, se Elaine tivesse uma arma em casa, ela teria conseguido se defender. Elaine Caparróz recorda que, quando viu que estava sendo esmurrada, ela já estava encurralada no chão.

– Não tinha sequer condições de pegar uma arma ou o que fosse. E poderia ter sido perigoso. Se ele tivesse achado uma arma, quem pode garantir que ele não usaria essa arma contra mim?

Apesar do episódio, a mãe de Rayron conta que tem recebido muitos relatos de mulheres vítimas de violência doméstica. Como forma de ser voz dessas mulheres, ela será madrinha de um projeto que vai cuidar de mulheres carentes, na Lapa, no Rio de Janeiro.

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