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Pai gasta R$ 600 mil doados para tratar doença do filho

Dinheiro foi arrecadado com campanha nas redes sociais

Gabriela Doria - 23/07/2019 08h39 | atualizado em 23/07/2019 10h33

Família de João Miguel pede doações para o filho Foto: Reprodução

A polícia prendeu um homem que é suspeito de aplicar um golpe milionário ao realizar uma campanha online para receber doações para o tratamento do filho, João Miguel, de 1 ano e 7 meses, que sofre de atrofia muscular espinhal (AME), uma doença degenerativa rara. O homem, que é de Minas Gerais, foi preso em um apart hotel em Salvador, na Bahia, nesta segunda-feira (22).

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, Mateus Henrique Leroy Alves e a família teriam arrecadado em torno de R$ 1 milhão com a vaquinha online. Deste montante, ele teria gasto cerca de R$ 600 mil com luxos pessoais. Segundo a investigação, Mateus estava morando em um apart hotel de frente para a praia e gastava o dinheiro com festas, bebidas, roupas, joias e até drogas.

O dinheiro arrecadado seria usado para comprar a dose de um medicamento para o filho, que custa R$ 365 mil.

– Há 15 dias, fomos procurados pela mãe, que disse que o marido dela vinha apresentando um comportamento estranho desde maio. Ele começou a se afastar da família e a não participar com empenho das campanhas que eram feitas em prol do filho – disse o delegado Daniel Gomes, da delegacia de Conselheiro Lafaiete, em Minas.

Além da denúncia, a mãe do menino apresentou extratos bancários que demonstravam as retiradas das contas. O dinheiro estava dividido em quatro contas correntes, sendo duas administradas pela mãe e duas pelo pai. No entanto, Mateus tinha a senha de todas as contas e fazia transferências online para aquelas que ficavam sob sua responsabilidade.

A família também contou para a polícia que Mateus saiu de Conselheiro Lafaiete no dia 8 de maio. Ele justificou a ausência afirmando que faria um curso de vigilante em Belo Horizonte. Desde então, voltou para a cidade da família apenas duas vezes, ainda assim em passagens rápidas, e nunca dava satisfações sobre o suposto curso de vigilante.

Mateus e a esposa estão casados há 13 anos. Além de João Miguel, eles têm outro filho, de 10 anos.

PAI NEGA AS ACUSAÇÕES
Para a imprensa, Mateus não explicou o que fazia em Salvador, e afirmou que era vítima de extorsão.

– Deixa a polícia investigar e vocês [jornalistas] vão saber o que era. Ostentação não existiu. Eu peço desculpa, mas queria deixar minha família intacta, em segurança – disse o homem.

A Polícia Civil afirmou que irá denunciar Mateus por estelionato e abandono de material. Ele também pode responder por crime de lavagem de dinheiro, uma vez que a quantia gasta foi muito alta para um período de tempo tão curto.

O delegado do caso também afirmou que Mateus não apresentou informações concretas sobre a suposta extorsão que estaria sofrendo e que as datas indicadas por ele não batem.

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