Pai acusa hospital de matar sua filha: “Deram adrenalina a ela”
Segundo Romilson Santos, erro médico causou óbito da criança de 4 anos
Thamirys Andrade - 27/05/2022 11h12 | atualizado em 27/05/2022 11h38

O pai de uma menina de 4 anos acusou o Hospital Municipal Porphirio Nunes de Azevedo, em Saquarema, Rio de Janeiro, de errar na medicação e matar sua filha, no último dia 19. De acordo com Romilson Santos, a pequena Ana Luiza Cardozo Pereira deu entrada na unidade de saúde com sintomas de virose, mas faleceu após receber adrenalina por via intravenosa em vez de dipirona.
– Ela estava falando normalmente, até falou “papai, mamãe, vamos pra casa”, tanto ela estava bem que a médica me receitou remédio para comprar na farmácia e ir embora pra casa. Ela mandou aplicar uma injeção de dipirona e um remédio pra vômito. Erraram a injeção e ela morreu em poucos minutos. Deram adrenalina para ela e ela faleceu – enfatizou ele, em entrevista ao portal G1.
Segundo Romilson, o hospital ainda tentou forjar provas para negar o erro médico.
– Elas mataram minha filha, deram uma injeção errada. Deram adrenalina na minha filha, forjaram provas, forjaram um monte de coisa. Minha filha morreu nos meus braços, na minha frente e disseram que ela morreu na ambulância indo para o Alberto Torres [hospital estadual], botaram registro falso na delegacia – destacou.
A Prefeitura comunicou que abriu um procedimento interno para apurar o caso e afastou a equipe responsável temporariamente.
O caso foi registrado na 124ª DP (Saquarema). A Polícia Civil informou que aguarda os resultados da necropsia e intimou o administrador do hospital e a equipe médica a prestarem depoimento.
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