Paes cita Macron e diz que vai incomodar os não vacinados
Prefeito do Rio afirmou que "o direito à vida está acima dessas liberdades de delirar"
Thamirys Andrade - 07/01/2022 13h51 | atualizado em 07/01/2022 14h16

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, parafraseou, na manhã desta sexta-feira (7), o presidente francês Emmanuel Macron, ao dizer que pretende dificultar a vida de pessoas não vacinadas contra a Covid-19. Nas palavras do gestor carioca, “o direito à vida está acima dessas liberdades de delirar”.
– Nós temos muito orgulho de ter o passaporte da vacinação aqui. Enfim, vou usar uma expressão que o presidente francês usou ontem, que o prefeito de Nova York usou em algum momento. E eu aqui estou com o passaporte da vacinação, literalmente dificultando a vida daqueles que não creem na ciência e na vacina, até para proteger os outros – declarou o prefeito.
A fala de Paes ocorreu durante a inauguração de um centro de testagem na Zona Sul do Rio. Na ocasião, ele avaliou como inaceitável que pessoas continuem duvidando da eficácia da vacina para evitar o agravamento dos casos de Covid-19.
– Não há um lugar no mundo que não esteja comprovando que as pessoas que não se vacinaram morrem mais, que as pessoas que não se vacinaram se internam mais. E tomara que sejam salvas, pois temos a obrigação de salvar até aqueles que não têm muita consciência. Mas vamos nos vacinar.
MACRON
Nesta terça-feira (4), Macron disse, em entrevista ao jornal Le Parisien, que sua estratégia para com pessoas que recusam a vacina anticovid é “irritá-los”.
– Eu não quero irritar os franceses. Passo o dia inteiro reclamando com a equipe de governo quando isso acontece. Mas os não vacinados, eu realmente quero irritá-los. E vamos continuar fazendo isso até o final. Essa é a estratégia.
O líder francês disse ainda que pessoas antivacina possuem “imensa falha moral” e que não os considera “cidadãos”.
– Eles [os não vacinados] vêm para minar a força de uma nação. Quando minha liberdade ameaça a dos outros, torno-me irresponsável. Uma pessoa irresponsável não é mais uma cidadã – assinalou Macron.
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