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Otto Alencar é denunciado por médicos como ‘falso ortopedista’

Médicos afirmam que não há registro do senador no Conselho de Medicina da Bahia como ortopedista

Paulo Moura - 09/06/2021 13h32 | atualizado em 09/06/2021 17h29

Senador Otto Alencar Foto: Reprodução

Seis médicos ingressaram com uma representação no Conselho Federal de Medicina (CFM) contra o senador e médico Otto Alencar (PSD-BA), integrante da CPI da Pandemia. No documento, os profissionais pedem que sejam apuradas as condutas de Otto durante a sessão do colegiado que teve como convidada a imunologista Nise Yamaguchi, no dia 1° de junho.

A representação, assinada por Flávio José Dantas de Oliveira, Plínio José Cavalcante Monteiro, Carlos Antônio Dantas de Oliveira, Hélio Teixeira, Luiz Gonzaga Dantas de Oliveira e Evandro Guimarães de Sousa, aponta que o senador teria descumprido o artigo 114 do Código de Ética Médica ao apresentar-se como médico ortopedista sem um registro oficial no CRM-BA.

– Ao se anunciar publicamente como médico ortopedista, sem o devido registro no Conselho Regional de Medicina da Bahia, observamos o descumprimento do artigo 114 do Código de Ética Médica, que veda o médico de anunciar títulos científicos que não possa comprovar – ressaltaram.

Os doutores afirmam ainda que o senador descumpriu o item 23 do Código de Ética dos médicos por conta da postura adotada por ele contra a imunologista Nise Yamaguchi. Na sessão, Otto foi agressivo com a médica afirmando que ela “não soube responder absolutamente nada”.

– Eu fiz um testezinho simples com ela. Qualquer menino do segundo ou terceiro ano, eu fui professor por muitos anos de Química e Biologia… isto é beabá… é beabá… é beabá… a senhora não sabe, jogou no escuro, junto com um grupo de pessoas que não entendiam absolutamente nada sobre a doença – disse Otto na sessão.

Os médicos encerram o pedido com uma solicitação de “abertura de sindicâncias e processos administrativos disciplinares, que promova o tempestivo desagravo, no menor prazo possível, de forma coletiva em nome dos médicos brasileiros que se sentiram ofendidos e à médica destratada publicamente por outro médico”.

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