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ONG teria vendido fotos de incêndio para obter doações

Polícia diz que instituição recebeu cerca de R$ 300 mil após fogo em área de proteção

Paulo Moura - 27/11/2019 09h20 | atualizado em 27/11/2019 11h11

Chamas atingiram área de proteção ambiental no Pará Foto: Reprodução

Durante as investigações da Operação Fogo de Sairé, realizada pela Polícia Civil do Pará, que resultou na prisão de quatro membros de uma ONG, nesta terça-feira (26), pela autoria dos incêndios ambientais na região de Alter do Chão em setembro deste ano, as autoridades descobriram que a organização de que eles faziam parte conseguiu um contrato com a WWF para venda de 40 imagens que foram usadas para obter doações internacionais, como a do ator Leonardo di Caprio.

– Começamos a acompanhar toda a movimentação dos quatro suspeitos. Percebemos que a pessoa jurídica deles conseguiu um contrato com a WWF, venderam 40 imagens para a WWF para uso exclusivo por R$ 70 mil, e a WWF conseguiu doações como do ator Leonardo DiCaprio no valor de US$ 500 mil para auxiliar as ONGs no combate às queimadas na Amazônia – disse o delegado de Polícia Civil do Interior, José Humberto Melo Jr.

Ainda de acordo com a polícia paraense, a intenção dos brigadistas responsáveis pelo incêndio ambiental era captar dinheiro para o projeto que eles participavam, a ONG Projeto Saúde e Alegria (PSA). O delegado Melo Jr. declarou que a polícia investiga a participação da ONG no recebimento de doações para a Brigada de Alter do Chão, após o incêndio na APA, cujos valores seriam de cerca de R$ 300 mil.

Procurada, a WWF informou que possui contrato de parceria técnico-financeira com o Instituto Aquífero Alter do Chão, e que o valor de pouco mais de R$ 70 mil foi destinado à compra de equipamentos para as atividades de combate a incêndios florestais pela Brigada de Alter do Chão. Já a ONG Saúde e Alegria disse que desconhece os motivos que levaram uma ação policial a apreender computadores e documentos na sede em Santarém (PA).

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