Oficina que modificou BMW terceirizou serviço, diz defesa
Vítimas morreram após serem encontradas desacordadas no veículo
Pleno.News - 14/01/2024 08h29 | atualizado em 15/01/2024 13h40

A Polícia Civil de Santa Catarina investiga o dono de uma oficina mecânica de Aparecida de Goiânia (GO) por suspeita de modificar uma BMW e, por consequência, causar a morte de quatro jovens por intoxicação, em Balneário Camboriú (SC). A defesa dele disse que a peça automotiva foi desenvolvida por uma empresa terceirizada, bem como sua instalação. As informações são do G1.
No entanto, o advogado David Soares, que representa o dono da oficina, não soube dizer o nome da empresa terceirizada.
– A empresa terceiriza muitos serviços, muitos, inclusive fora do estado, com serviços locais. [ Nesse caso] a peça e a montagem [foram terceirizadas ] – falou Soares.
A Polícia Científica de Santa Catarina divulgou, na última sexta-feira (12), que os quatro jovens encontrados desacordados dentro de uma BMW, no dia 1° de janeiro, na cidade catarinense de Balneário Camboriú, morreram asfixiados por monóxido de carbono.
Gustavo Pereira Silveira Elias, 24 anos, Karla Aparecida dos Santos, de 19, Tiago de Lima Ribeiro, de 21, e Nicolas Kovaleski, de 16, foram encontrados desmaiados dentro de um carro que estava estacionado na Rodoviária de Balneário Camboriú. As mortes dos quatro jovens foram confirmadas ainda no local.
A suspeita de asfixia por monóxido de carbono como causa das mortes já tinha sido levantada ao longo da investigação do caso. Durante a apuração, laudos confirmaram que o gás saiu pelo ar-condicionado do veículo, que tinha passado por customização.
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SOBRE O OCORRIDO
De acordo com o delegado Bruno Effori, que iniciou as investigações, Tiago, Karla, Nicolas e Gustavo ficaram cerca de quatro horas dentro do carro ligado e com o ar-condicionado funcionando na Rodoviária de Balneário Camboriú. A namorada de uma das vítimas, que chegou de viagem durante a madrugada, por volta das 3h, disse que o grupo teria apresentado mal-estar.
Os quatro jovens então teriam relatado a ela que tinham comido cachorro-quente na praia e relacionaram a náusea, a tontura, e a tremedeira ao alimento. Por isso, eles ficaram aguardando uma melhora para poder seguir viagem para Florianópolis. No entanto, quando o Samu foi acionado, já no início da manhã, eles estavam em parada cardiorrespiratória e acabaram morrendo.
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