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Oficiais da Marinha vão a velório de criança morta em creche

Colega de trabalho do pai da vítima, um dos militares descreveu o garoto como "menino super extrovertido"

Pleno.News - 06/04/2023 12h19 | atualizado em 06/04/2023 13h19

Funeral do menino Bernardo Cunha Machado, de 5 anos, em Blumenau, Santa Catarina Foto: Taba Benedicto / Estadão Conteúdo

Oficiais da Marinha que trabalham com o pai de Bernardo Cunha Machado, de 5 anos, em Itajaí, foram até o velório na manhã desta quinta-feira (6), para prestar solidariedade à família de uma das quatro vítimas do ataque à creche Cantinho do Bom Pastor, em Blumenau, que aconteceu nesta quarta (5).

– Era um menino super extrovertido, super para cima, assim como o pai – disse o suboficial Carlos Martiniano, de 42 anos.

Sob aplausos, o corpo do menino chegou para a cerimônia de sepultamento pouco após as 10 horas.

Martiniano trabalha há três anos com Bruno Machado, que é cabo da Marinha.

– Havia um carinho muito forte entre os dois, o Bruno sempre falava do filho, dizia que tinha pressa para voltar para casa – disse ele, que ainda contou que o menino foi a diversas atividades da Marinha com o pai. Por causa disso, acabaram conhecendo a criança melhor.

Na quarta (5), após deixar a creche, Machado falou com jornalistas e relembrou os últimos momentos com o filho vivo.

– Hoje [ontem] a gente veio para a creche, eu, ele e um amiguinho, pulando, imitando um coelhinho. Agradeço a Deus por todos os momentos que vivi com o meu filho. A partir de hoje a memória dele vai ser honrada no meu coração – declarou.

Outras três crianças que morreram no ataque estão sendo veladas e serão enterradas até o começo da tarde em dois cemitérios de Blumenau.

INVESTIGAÇÕES
O prefeito Mário Hildebrandt esteve no velório para prestar apoio às famílias. Ele comentou as apurações do caso.

– Toda a inteligência da Polícia Civil está sendo usada para buscar situações de redes sociais, de denúncias, inclusive no celular desse indivíduo, se há alguma possibilidade de vínculo com alguém – disse.

Segundo o prefeito, a avaliação dada pelo delegado-geral nesta quarta foi apenas preliminar.

– É uma primeira análise, mas para confirmação, de que [o criminoso] agiu sozinho, o que vai dizer isso é o celular dele – acrescentou.

O homem de 25 anos, que tinha quatro passagens pela polícia, pulou o muro da creche, matou quatro crianças entre 4 e 7 anos e feriu outras cinco, que têm quadro estável.

REUNIÃO COM DIRETORES DE ESCOLAS
Hildebrandt se reúne nesta quinta com diretores de escolas municipais, estaduais e privadas de toda a cidade.

– O objetivo é traçar estratégias para o retorno às atividades na segunda – pontuou.

O prefeito também vai se encontrar com chefes das polícias Civil e Militar durante a tarde.

– Nós queremos ampliar as ações de ronda, de presença da polícia nas ruas, para que a gente possa minimizar esse efeito de dor que os pais estão sentindo – completou.

*AE

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