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‘Nunca vi algo tão cruel’, diz delegado sobre anestesista

Além de estuprar pacientes sedadas, ele também armazenava os vídeos dos crimes

Marcos Melo - 16/01/2023 20h28 | atualizado em 17/01/2023 11h14

Andres Eduardo Oñate Carrillo Foto: Reprodução / G1

O anestesista colombiano Andres Eduardo Oñate Carrillo, preso nesta segunda-feira (16), além de estuprar pacientes sedadas, também armazenava os vídeos dos crimes. É o que apontam as investigações da polícia contra pornografia infantil.

– Tenho muita experiência em investigações em crimes desta natureza. Mas, especialmente sobre esse caso, nunca vi algo tão violento, tão cruel. Não só por armazenar esses vídeos, com conteúdo extremamente agressivo, mas também a violência contra as vítimas submetidas aos cuidados do profissional, que aproveita o momento de vulnerabilidade e comete esses abusos – declarou o delegado Luiz Henrique Marques, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV).

Ele também informou que, durante depoimento, o anestesista não negou que tenha cometido os crimes.

A investigação policial agora busca saber se o colombiano fez outras vítimas e se teria criado algum perfil falso nas mídias sociais a fim de se aproximar de crianças e adolescentes com intuito de produzir mais conteúdos de pornografia infantil.

A polícia informou que o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) garantiu que Andres não estava credenciado no conselho entre os anos de 2020 e 2021, data em que realizou os crimes. Com a confirmação desse dado, o anestesista pode responder também por exercício ilegal da profissão.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro chegou ao médico anestesista colombiano Andres Carrillo a partir de provas que o profissional produziu contra si mesmo. Ele foi preso, nesta segunda-feira (16), por abuso sexual contra duas mulheres.

Conforme a investigação, imagens de estupros cometidos por ele, gravados em seu telefone celular, foram localizadas pela Polícia Federal (PF). O material estava no meio de 20 mil arquivos de pornografia infantil de Carrillo. A partir da descoberta, a Polícia Civil fluminense foi acionada.

Com base nos dados das mídias e das informações que incluem data da gravação e local, os policiais identificaram as unidades hospitalares onde ocorreram os dois estupros. Depois, cruzaram informações para chegar às vítimas.

De acordo com a Polícia Civil, um dos casos aconteceu no Hospital Estadual dos Lagos, Nossa Senhora de Nazareth, em Saquarema. O outro no Complexo Hospitalar Universitário Clementino Fraga Filho. A unidade pertence à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os crimes foram praticados em 2020 e 2021.

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