Naiane Câmara é homenageada representando mães atípicas
O vereador Marcos Dias entregou a medalha Chiquinha Gonzaga
Leiliane Lopes - 19/05/2025 21h59 | atualizado em 20/05/2025 12h42

A pastora Naiane Câmara, da Igreja Assembleia de Deus Missão, recebeu uma homenagem na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, na última sexta-feira (16), em uma sessão solene dedicada às mães atípicas. Ela recebeu a medalha Chiquinha Gonzaga por sua atuação como mãe de uma menina com autismo e por inspirar outras mulheres.
A cerimônia foi proposta pelo vereador Marcos Dias (Podemos), presidente da Comissão de Direitos Humanos. Além da medalha entregue a Naiane, 155 mães atípicas receberam moções de louvor e reconhecimento.
– Naiane recebe hoje uma das maiores honrarias desta Casa Legislativa, a medalha Chiquinha Gonzaga, que carrega o nome de uma mulher corajosa, que quebrou padrões, enfrentou desafios e marcou a história do nosso país. Sua história, pastora, é isto: resistência, transformação, coragem. Você não apenas cuida da Bella. Você educa uma comunidade, inspira outras mães, rompe barreiras todos os dias – disse o vereador.
O grupo infantil Três Palavrinhas abriu a noite com a música Diferente, igual a gente, que fala sobre inclusão. O pastor André Câmara, diretor do grupo, destacou a importância de ensinar desde cedo o respeito às diferenças.
Durante seu discurso, Naiane relatou os desafios da maternidade atípica e como superou a dor após o diagnóstico de autismo não verbal da filha, Bella.
– O diagnóstico de autismo não verbal da Bella chegou como um silêncio ensurdecedor. Como mãe, a dor foi intensa. Foi ali, no silêncio da Bella, que comecei a ouvir a voz de Deus com mais clareza. E assim, depois de muita dor, eu me tornei mais forte do que jamais imaginei ser – disse ela.
E continuou:
– Venci barreiras que pareciam intransponíveis. Transformei lágrimas em força, lutas em pontes. Aprendi que cada pequeno avanço é um milagre. Aprendi a ver beleza onde o mundo só via limitações. Em Deus, descobri que a minha dor era para ajudar outras pessoas.
Outras mães também deram seus depoimentos e, durante a sessão, mostraram que a luta das mães atípicas vai além do cuidado com os filhos, passando também pela busca por respeito, acolhimento e visibilidade.
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