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Na Bahia, PMs e comerciantes protestam por morte de soldado

Movimentação em memória do soldado Wesley Góes aconteceu no Farol da Barra, em Salvador, onde o fato aconteceu

Paulo Moura - 29/03/2021 13h03 | atualizado em 29/03/2021 13h09

Manifestantes realizam ato em memória do soldado Wesley Foto: Reprodução

Um grupo de policiais militares e comerciantes fez um protesto, na manhã desta segunda-feira (29), no Farol da Barra, em Salvador (BA), por conta da morte do soldado Wesley Góes, que foi baleado e morto na noite de domingo (28), após se manifestar contra a prisão de comerciantes.

Com alguns manifestantes vestidos de policiais, e outros também com as cores da bandeira do Brasil pintadas no corpo, o grupo leu algumas das frases ditas por Wesley durante a negociação com a polícia. Participantes da homenagem também encenaram o policial caído ao lado das bandeiras do Brasil e do estado da Bahia.

Ainda na manhã desta segunda, o comandante da Polícia Militar da Bahia (PMBA), Paulo Coutinho, falou sobre o assunto durante uma coletiva para a imprensa. De acordo com ele, a operação de contenção do soldado Wesley Góes foi “necessária”.

– Enquanto os disparos não estavam oferecendo riscos para a tropa e para as pessoas que circulavam, protegemos a integridade do soldado. Sempre temos esse cuidado, temos expertise de atender ocorrência dessa natureza. Foram utilizadas outras alternativas porém ele estava com uma arma de grande poder de letalidade – afirmou.

De acordo com o comandante, um inquérito policial será instaurado nas próximas semanas para apurar os fatos que se desenrolaram durante a ação e os procedimentos adotados pela corporação na contenção do PM.

– Ocorrências críticas possuem muitas motivações e só podem ser esclarecidas após a abertura do processo investigativo. Mas ali foi um típico caso de um indivíduo que estava passando por um transtorno mental e estava desconectado da realidade. As imagens falam por si só – completou.

O CASO
O policial militar Wesley Soares Góes, que protestou na tarde de domingo (28), na região do Farol da Barra, em Salvador (BA), morreu após ser baleado depois de mais de três horas de negociação com equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) afirmou que PM teve um “surto”. Wesley protestava contra em defesa dos trabalhadores que estão sem poder trabalhar e deu tiros para cima. Ele era solteiro e trabalhava na 72ª CIPM há pelo menos quatro anos.

A família disse que Wesley Góes nunca tinha apresentado surtos. De acordo com o portal Bahia Notícias, o soldado dirigiu de Itacaré até Salvador, onde ocupou a região do Farol da Barra e chegou a dizer: “Seus filhos estão presenciando sua covardia, policiais militares do estado da Bahia”.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) disse que o policial foi baleado após disparar com fuzil contra guarnições do Batalhão de Operações Policiais Especiais e terminou neutralizado.

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