Rafael Ramos - 29/10/2019 11h30

As irmãs Zelita Pereira Neves, de 32 anos, e Marliete Pereira Neves, de 41, foram presas em flagrante após matarem o irmão Almiro Pereira Neves, de 43 anos. As mulheres desligaram os aparelhos que o mantinham vivo no Hospital Regional de Guanambi, na Bahia, e devem responder por homicídio doloso, quando há a intenção de matar.

Em depoimento à polícia, Zelita disse que recebeu a revelação de um pastor para que saísse do interior de São Paulo até a Bahia e agisse assim para salvar Almiro. A Justiça determinou a prisão preventiva das duas nesta segunda-feira (28).

– As irmãs chegaram por volta das 21h40, da sexta-feira, dia 25, e se manifestaram com um vigilante de que elas iriam entrar para troca de acompanhante, que estava previsto esse horário, e também que precisariam fazer umas orações para o irmão, que já se sabia doente e numa situação grave. Uma vez que essa situação já chamou atenção dos acompanhantes e do maqueiro, a equipe de enfermagem rapidamente se prontificou para pelo menos esclarecer o que estava acontecendo. No momento não se sabia com detalhes tudo que estava acontecendo dentro desse quarto, onde o paciente estava internado. Segundo os médicos, a situação de Almiro era grave. Ele não podia ficar sem a medicação e nem os aparelhos que o auxiliavam na respiração – relatou o diretor médico do hospital, Juan Castellanos.

Juan ainda disse que as duas mulheres retiraram o tubo traqueal, o cateter venoso central e os eletrodos de monitorização. Uma delas subiu no corpo do homem e ficou proferindo golpes e fazendo uma oração de forma estranha. O corpo de Almiro foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica de Guanambi e não há informações sobre o sepultamento.

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