Mayara Macedo - 07/10/2019 13h19 | atualizado em 07/10/2019 13h24

Uma estudante de jornalismo foi presa em Belo Horizonte, Minas Gerais, por realizar abortos em hotéis. Luciane Fernandes cobrava até R$ 8 mil para fazer o procedimento com remédios veterinários e, no total, interrompeu ilegalmente a gestação de mais de 200 mulheres.

– Há restrição dessa medicação até mesmo no meio animal, dada as consequências, os efeitos colaterais que a medicação provoca – disse o delegado Emerson Moraes em entrevista ao Fantástico.

A Polícia Civil prendeu Luciane em flagrante dentro do quarto de um hotel momentos antes dela fazer o procedimento abortivo em duas gestantes, uma delas grávida de três meses. Um dos abortos feitos por ela deu errado e o bebê nasceu prematuro e com problemas de saúde.

Porém, Luciane ficou presa por apenas 21 dias. Ela conseguiu na Justiça a liberdade para cuidar de seu próprio filho, de seis anos de idade. Mesmo assim, a mulher deve responder por pelo crime de aborto provocado com o consentimento de gestantes e manipulação de medicamentos sem certificado da Anvisa.

Os donos dos hotéis onde os abortos eram realizados disseram as autoridades que não sabiam do crime. A origem dos medicamentos estão sendo investigados.

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