Leiliane Lopes - 31/08/2024 20h35 | atualizado em 02/09/2024 18h44

Neste sábado (31), Susane Paula Muratoni Geremia, de 64 anos, uma das mulheres que moram no McDonald’s do Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro, foi presa por injúria racial e levada para o presídio feminino de Benfica.

A prisão se dá após ela e sua filha, Bruna Muratori, de 31 anos, serem acusadas de cometer ataques racistas contra um grupo de cinco adolescentes que estavam na lanchonete e foram chamadas por palavras preconceituosas.

De acordo com informações do portal G1, as vítimas foram atacadas após tentarem tirar fotos de mãe e filha que moram no McDonald’s há sete meses.

A mãe de uma das adolescentes vítimas de racismo afirmou que sua filha foi chamada de “preta nojenta” e “pobre”. Uma das jovens do grupo afirmou que as mulheres se incomodaram, porque elas estavam rindo.

– Ela chegou pra gente e falou: “Abre a boca agora suas fedelhas”. Chegou pra minha amiga e disse: “Sua preta”. Ela falou pra minha amiga: “Preta nojenta”. Depois chamou a gente de “vagabundinha”. Ela falou isso pra adolescentes – assinalou.

Pai de uma das meninas, Rafael Tavares também deu o seu relato:

– Elas falaram que as meninas não eram para estar ali, que o lugar não era para pobre e nem para negros e que elas estavam atrapalhando – acrescentou.

Todos os envolvidos foram levados à delegacia e ouvidos pela polícia. O caso foi registrado na Delegacia do Leblon, na 14DP.

Enquanto Bruna Muratori foi liberada após prestar depoimento, Susane foi presa e aguarda pela audiência de custódia.

ENTENDA A SITUAÇÃO
Bruna e Susane ficaram conhecidas por morarem dentro do McDonald’s, passando seus dias no estabelecimento junto de suas malas de grife e aparelhos celulares há meses. Elas só saem de madrugada, quando a loja fecha, mas dormem em frente ao local. As duas mulheres afirmam estar em busca de um aluguel, mas não encontraram um imóvel que satisfizesse seus critérios até o momento.

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