Pierre Borges - 08/07/2021 15h38 | atualizado em 15/10/2021 12h37

Feita refém em um assalto armado que ocorreu na quarta-feira (7), a consultora de negócios Vitória Oliveira, de 21 anos, foi salva das mãos do assaltante pelo policial civil Flavio Augusto Pereira, que estava de folga e passava próximo ao local. A ação terminou com a morte do criminoso.

Vitória concedeu uma entrevista ao portal UOL relatando sua perspectiva do ocorrido. Ela disse que tentou acalmar as colegas de trabalho, que estavam nervosas porque quatro assaltantes invadiram a loja em que elas trabalhavam e eles estavam mantendo todas as funcionárias trancadas em uma sala no segundo andar do estabelecimento. Quando a polícia chegou ao local, as reféns conseguiram ouvir os criminosos dizendo que teriam que levar ou matar alguém, e ela foi escolhida por ser a mais calma.

– Quando nós descemos, chegamos na porta, tinha uma quantidade muito grande de policiais. Ele ficou nervoso e começou a gritar: “Eu não vou perder, eu não vou perder” – disse a consultora ao UOL.

Vitória andou cerca de 200 metros pela rua sob a mira do revolver do assaltante, enquanto estava sendo feita refém, situação que ela descreveu como algo “desesperador” e que provocou nela medo de morrer.

– Eu sentia muito medo, mas tentava me acalmar a todo custo. Se eu passasse mal ali, desmaiasse, ele poderia se assustar, se irritar e acabar atirando em mim. Foi uma aflição muito grande. Ele me arrastando, andando comigo aquela distância toda, e parecia que nada ia acontecer, que ninguém iria conseguir me tirar dali. Eu só pensava: “Meu Deus, não é possível que eu vá morrer aqui, desse jeito”. Foi muito, muito tenso – lembrou.

Quando finalmente foi libertada do criminoso, a jovem ficou emocionada e agradeceu a Deus.

– Naquela hora ali, eu desmoronei de emoção, por estar viva e ver que nada de ruim aconteceu. Ali eu consegui respirar. Realmente foi um alívio muito grande. Agora é só agradecer a Deus, ficar junto com minha família, porque eu literalmente nasci de novo. Hoje eu acordei e pensei: “Meu Deus, muito obrigada, porque poderia ter sido diferente”. É uma sensação inexplicável – desabafou Vitória.

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