Thamirys Andrade - 12/01/2021 17h49 | atualizado em 12/01/2021 18h15

A Polícia Civil da Bahia (PCBA) está investigando as circunstâncias da morte de um casal, em um apartamento de luxo no bairro Horto Florestal, em Salvador, no último domingo (10). A principal suspeita é a de que Isabela de Araújo Valença, 33 anos, tenha atirado no namorado, Elton Gonçalves Campelo, 35, e depois se suicidado.

– A arma estava ao lado do corpo dela, por isso a hipótese de homicídio seguido de suicídio – explicou a PCBA.

O casal passava férias na capital baiana com a família de Elton. Os pais do empresário estavam em casa no momento do crime e chegaram a ouvir um barulho vindo do apartamento superior. Após perceberem que os dois não saíam de dentro do quarto, a família chamou um chaveiro para destrancar a porta e encontrou o rapaz, já sem vida, sobre a cama, e Isabela Araújo, morta no banheiro da suíte, ao lado da arma.

De acordo com a polícia, a pistola utilizada era do empresário, que participava de clubes de tiro e tinha porte de arma.

Horas antes do crime, Isabela postou uma foto ao lado do namorado em um passeio de barco. Ambos trocavam inúmeras declarações de amor nas redes sociais.

FAMÍLIA ESTÁ ARRASADA
Em entrevista ao portal Uol, pessoas próximas a Isabela e Elton relataram estar em choque. De acordo com elas, o casal namorava há pelo menos dois anos e aparentava ter um bom relacionamento.

– O namoro era benquisto pelas duas famílias. O pai [de Isabela] gostava muito do rapaz. Acredito que o outro lado também gostava dela. Falam em três anos, mas isso [o relacionamento] começou há mais tempo – explicou Carlos Cavalcanti, padrinho de Isabela.

De acordo com a madrinha, Celina Cavalcanti, os pais de Isabela estão “arrasados”.

– Nós conversamos com os compadres; eles não conseguem entender. Acho que ninguém vai conseguir entender. É uma dor muito forte. Infelizmente, não tem o que fazer. Agora, é só rezar e pedir para que eles sejam acolhidos [por Deus]. Foi uma tragédia para todos.

Os padrinhos dela atualmente vivem em solo norte-americano, mas acompanharam a vida da afilhada, que foi batizada por eles quando ainda era menina. Carlos descreveu Isabela como “doce, serena e calma” e Elton como um “rapaz de boa reputação”. Celina diz que, apesar de calada, Isabela era prestativa, carinhosa e próxima de todos.

– A casa dela está recheada de amigas; ninguém entende. Nós não entendemos. Nós estamos de longe, [mas] acabados. Infelizmente, nós não podemos ir [apoiar os pais da vítima] por causa da pandemia. Mas, sinceramente, é algo que não dá para entender. Elton também é filho de pessoas conhecidas; pessoas direitas, honestas. Isso é um grande choque – lamentou Celina.

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