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Mulher é retirada de metrô após mandar casal gay ler a Bíblia

Episódio ocorreu no metrô de São Paulo e foi registrado em vídeo

Monique Mello - 13/03/2023 17h35 | atualizado em 13/03/2023 19h05

Seguranças conduziram mulher para fora do metrô Foto: Reprodução/Vídeo redes sociais

Uma senhora foi retirada de um vagão do metrô de São Paulo após discussão com um casal de homens gays. Ao vê-los abraçados, a mulher recomendou que eles “comprassem uma Bíblia”. O episódio ocorreu na Linha 3 – Vermelha, que liga Itaquera a Barra Funda, na última quinta-feira (9). Um vídeo que registrou a discussão foi publicado nas redes sociais neste domingo (12).

A senhora disse que estava aconselhando os dois rapazes.

– Eu tô (sic) ensinando vocês. Tô (sic) mandando vocês pararem. Leiam a Bíblia. Comprem uma Bíblia e leiam. Estou dando um conselho para vocês, como se fosse uma mãe – disse.

Um dos rapazes chamou a mulher de louca.

– Toma vergonha na sua cara, mulher. Deus me livre ter você como mãe. A senhora pensa que você é quem para vir aqui atrapalhar os outros? Você é louca – disparou.

– Se eu fosse [louca] eu um monte por aí – respondeu a senhora.

Quando o metrô parou em uma estação, um dos rapazes chamou o segurança, apoiados pelos demais passageiros, que ficaram contra a mulher. Dois agentes conduziram a passageira para fora do veículo.

O bancário Breno Conde, que filmou toda a cena, relatou o que presenciou.

– Ela [senhora] dizia que eles deveriam parar de estar abraçados e comprar uma Bíblia pra ler. Os meninos repreenderam a atitude dela se intrometer e a senhora afirmou que estava ensinando a eles a vida, que estava dando conselho de mãe. O pessoal do metrô interferiu a favor dos rapazes e em seguida, ao parar o metrô, um dos rapazes chamou o segurança – disse.

Em nota, o Metrô São Paulo confirmou a ocorrência.

– Os envolvidos foram convidados a desembarcar e, em seguida, as partes foram ouvidas e conduzidas para a Delpom para esclarecimentos dos fatos junto a Autoridade Policial. Já na delegacia, os reclamantes não quiseram registrar o fato – diz a nota da companhia de mobilidade urbana.

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