TJ libera prisão domiciliar para mulher detida em padaria
A advogada foi presa por agressão, racismo e homofobia em Pompeia, São Paulo
Pleno.News - 23/11/2020 10h58 | atualizado em 23/11/2020 14h25
O Tribunal de Justiça de São Paulo converteu a prisão em flagrante de Lidiane Brandão Biezok em prisão preventiva domiciliar. A advogada foi detida pela Polícia Militar na noite de sexta-feira (20) por lesão corporal, injúria racial e homofobia contra funcionários e clientes da padaria Dona Deôla, na Pompeia, Zona Oeste de São Paulo. De acordo com comunicado divulgado pelo estabelecimento no Instagram, a mulher insultou e agrediu funcionários e clientes que se mobilizaram para defendê-los.
Vídeo divulgado pela GloboNews e pelo G1 mostra a mulher questionando se aquela “era uma padaria gay” e dando tapas em um cliente. Ela teria dito ainda, segundo a emissora, que “odeia veados”.
Segundo a padaria, como os funcionários não podem tomar nenhuma medida que envolva contato físico com os clientes, eles chamaram a polícia, que prendeu a agressora em flagrante. Os trabalhadores e clientes agredidos prestaram depoimento.
A Dona Deôla diz ter se colocado à disposição das autoridades, se comprometendo a disponibilizar as imagens das câmeras de segurança do local. A empresa disse ainda que está em contato com as vítimas “para oferecer todo suporte na tomada das medidas legais cabíveis”. Por fim, a padaria disse repudiar qualquer ato de discriminação e reiterou “seu compromisso com a proteção e o bem estar dos seus funcionários e clientes”.
A reportagem não conseguiu contato com a mulher autora das agressões.
Ao G1, ela afirmou que “foi provocada” por dois clientes, admitiu que foi agressiva, mas pediu desculpas e disse que “não teve a intenção” de ofender ninguém. Afirmou ainda “não ter nada contra homossexuais”.
*Estadão
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