Paulo Moura - 12/10/2021 10h59 | atualizado em 12/10/2021 11h02

O uso de máscaras segue causando conflitos ao redor do Brasil por conta de exigências que, por vezes, extrapolam até o limite legal permitido. Um desses casos ocorreu com a empresária Melissa Quevedo, que relatou ter sido agredida em um mercado em Sorocaba (SP), no último domingo (10), por estar sem máscara, mas respaldada por um atestado.

Em imagens registradas por ela, é possível vê-la sendo hostilizada por clientes e por um homem que parece ser o dono do local. De acordo com Melissa, o suposto proprietário chegou até a tomar o aparelho celular que estava na mão dela e só devolveu cerca de 10 minutos depois.

 

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Uma publicação compartilhada por Melissa Quevedo (@melquevedo)

Ao site da Revista Oeste, a empresária diz ter sido diagnosticada com asma brônquica crônica e cefaleia crônica, doenças desencadeadas por hipercapnia (aumento de dióxido de carbono no sangue, resultado da incapacidade de respirar) devido ao uso de máscaras.

-Tenho claustrofobia e crise de pânico – afirmou.

Para entrar nos estabelecimentos, Melissa tem mostrado o atestado médico que justifica a ausência da proteção, e também uma cópia da lei federal 14.019/2020, que trata do uso de máscaras. Em seu artigo terceiro, especificamente no sétimo parágrafo, a regra federal estabelece que o uso pode ser dispensado em casos como da empresária.

– A obrigação prevista no caput deste artigo será dispensada no caso de pessoas com transtorno do espectro autista, com deficiência intelectual, com deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara de proteção facial, conforme declaração médica – relata o trecho da lei.

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