MPSP denuncia seis pessoas por assassinato de delator do PCC
Três dos denunciados são policiais militares
Pleno.News - 17/03/2025 13h16 | atualizado em 17/03/2025 15h44

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou nesta segunda-feira (17), três policiais militares por suspeita de envolvimento no assassinato de Antonio Vinícius Gritzbach, delator do Primeiro Comando da Capital (PCC) executado a tiros de fuzil na saída do Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024.
Foram denunciados Denis Antônio Martins, Ruan Silva Rodrigues e Fernando Genauro da Silva. O Ministério Público afirma que eles aceitaram “promessa de recompensa para a execução e participação no crime” e agiram “como verdadeiros mercenários e matadores de aluguel”.
Também foram denunciados Kauê do Amaral Coelho, o Jub, Diego dos Santos Amaral, conhecido como Didi, e Emílio Carlos Gongorra Castilho, vulgo Cigarreira, todos apontados como integrantes do PCC.
A denúncia atribui a eles o crime de homicídio qualificado por motivo torpe, perigo comum (quando um número indeterminado de pessoas é colocado em risco), mediante recurso que dificultou a defesa da vítima e com emprego de arma de fogo de uso restrito.
As defesas dos três policiais militares ainda não se pronunciaram, mas alegaram em ocasiões anteriores que seus clientes são inocentes e sequer estiveram no aeroporto na data do crime. Também prometeram apresentar as provas na fase processual.
MOTIVAÇÃO
O Ministério Público concluiu que o crime aconteceu em “represália por conta de desavenças relacionadas à lavagem de dinheiro e, ainda, a algumas mortes de integrantes do PCC”.
Griztbach era uma espécie de operador financeiro da facção. Ele agia como “laranja” na compra de imóveis e em investimentos financeiros.
Veja o que o Ministério Público atribui a cada denunciado:
– Denis Antônio Martins: cabo da Polícia Militar, Denis é apontado como um dos executores.
– Ruan Silva Rodrigues: soldado da PM, Ruan também foi denunciado como atirador.
– Fernando Genauro: tenente da PM que teria levado Denis e Ruan até o aeroporto.
– Kauê do Amaral Coelho: teria atuado como olheiro no dia do crime. Segundo o Ministério Público, ele transmitiu informações do “posicionamento da vítima em tempo real”.
– Diego dos Santos Amaral e Emílio Carlos Gongorra Castilho: o Ministério Público afirma que foram eles que “angariaram o auxílio” de Kauê para monitorar Gritzbach.
*AE
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