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MPF investiga responsabilidade da queda de falésia em Pipa

Órgão abriu inquérito para apurar acidente que deixou 3 mortos no RN

Thamirys Andrade - 18/11/2020 17h42 | atualizado em 19/11/2020 10h13

MPF cobra mapeamento da situação de todas as falésias da área Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal do Rio Grande do Norte instaurou inquérito para investigar as responsabilidades do desabamento da falésia que soterrou uma família na praia da Pipa, em Tibau do Sul, na terça-feira (17). A tragédia tirou a vida de um casal e um bebê de sete meses, que foram enterrados juntos na manhã desta quarta-feira (18), no cemitério da praia da Pipa.

No documento, o MPF-RN solicita à prefeitura da cidade um mapeamento da situação de todas as falésias da região, cobrando segurança para os visitantes e também para o meio ambiente. Ambos os órgãos se reuniram nesta manhã com equipes da Defesa Civil Municipal e Estadual para discutirem o ocorrido.

PROBLEMA ANTIGO
Deslizamentos de falésias na praia já eram previstos há ao menos dois anos. É o que aponta a decisão do MPF-RN de embargar em 2018 uma licença para a construção de um píer no local custeado pelo Ministério do Turismo. Durante o andamento das obras, houve quedas de falésias e trabalhadores relataram o perigo de serem atingidos pelos deslizamentos. O órgão decidiu, então, anular provisoriamente a licença pelo grave risco ambiental e à segurança pública.

Análises técnicas feitas pela Procuradoria Regional do RN, no entanto, chegaram à conclusão de que a obra era inviável e o processo de licitação foi anulado. Contudo, materiais de construção ainda permanecem no local, podendo representar mais um risco para os visitantes da praia.

As falésias fazem parte da Área de Proteção Ambiental da praia da Pipa, e é de responsabilidade do governo municipal preservar a região, assim como retirar o material das obras paradas. Após o acidente de terça, a prefeitura emitiu uma nota afirmando que a área foi interditada e que a Defesa Civil está inspecionado toda a área de falésias em Pipa. Ao menos oito barracas de praia e uma casa foram interditadas devido ao risco de novos desabamentos.

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