MP investiga repasse da gestão Covas a escolas de samba
Verba levantou suspeitas porque não houve carnaval na cidade neste ano
Gabriela Doria - 24/02/2021 21h35 | atualizado em 25/02/2021 13h17
O Ministério Público de São Paulo abriu uma investigação, nesta segunda-feira (22), para apurar possíveis irregularidades no repasse de R$ 33 milhões que a Prefeitura de São Paulo fez a escolas de samba. A transferência de verba levantou suspeitas pelo fato de não ter havido Carnaval nem desfiles das agremiações.
Inicialmente, o Carnaval em São Paulo estava previsto para os dias 9 e 10 de julho, quando as escolas de samba desfilariam. No entanto, o agravamento da pandemia e a falta de uma previsão de quando a maioria da população irá se vacinar fizeram com que a prefeitura cancelasse o evento no último dia 12.
Em nota, a Prefeitura de São Paulo justificou que “o contrato firmado com a SPTuris, ainda em 2020, é de R$ 33 milhões e, neste momento, estão sendo estudadas alternativas para aplicação nos desfiles de 2022”.
– Autorizo a emissão de Nota de Reserva com Transferência de Recursos para a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, no valor de R$ 20.479.475,00 para as despesas referentes a 3ª, 4ª, 5ª, 6ª e 7ª parcelas do Carnaval, em favor da empresa São Paulo Turismo – diz o Diário Oficial.
O restante do montante ainda não foi destinado às agremiações.
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