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MP-GO denuncia padre Robson e outras 17 pessoas

Para os promotores, o líder religioso comandava esquema de desvio de doações

Ana Luiza Menezes - 08/12/2020 21h30 | atualizado em 08/12/2020 22h11

Padre Robson de Oliveira Pereira Foto: Reprodução

Na segunda-feira (7), o Ministério Público de Goiás (MP-GO) apresentou uma denúncia contra o padre Robson de Oliveira Pereira e outras 17 pessoas por organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro doado por fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe). Os promotores afirmam que o líder religioso comandava o esquema de desvio das doações.

Padre Robson, que era presidente da Afipe, sempre negou as acusações. Segundo o portal G1, a defesa do religioso também disse que ele é inocente e que não há nada de novo em relação ao que foi apresentado pelo MP-GO.

A respeito da denúncia, a Afipe disse ter confiança na Justiça. A entidade espera que no fim do processo todas as questões sejam esclarecidas.

– Confiamos na Justiça e esperamos que ao final do processo todas as dúvidas sejam esclarecidas. Estamos à disposição para todos os esclarecimentos que se fizerem necessários para a elucidação dos fatos. É importante salientar que a Associação Filhos do Pai Eterno é uma entidade civil sem fins lucrativos e com a missão de evangelizar. A Afipe não é investigada e nem denunciada – destacou a associação, por meio de nota.

ENTENDA O CASO
O Ministério Público de Goiás abriu investigação contra o padre Robson de Oliveira Pereira. Ele é suspeito de ter desviado R$ 120 milhões de doações de fiéis em Trindade, na Região Metropolitana de Goiás.

Aos 46 anos, Robson é fundador da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) e era reitor do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno. Com um programa de TV, ele é uma figura bastante presente na cena católica.

Em agosto, a operação chamada de Vendilhões cumpriu mandados de busca e apreensão em imóveis ligados ao padre. O MP investiga se o dinheiro das doações foi usado em compras de bens luxuosos, que incluem uma fazenda de R$ 6 milhões em Abadiânia, no leste de Goiás, e uma casa de praia, no valor de R$ 3 milhões, em Guarajuba, na Bahia.

A investigação teve início em 2018, após o padre Robson ser vítima de extorsão. De acordo com o portal UOL, ele teria pago cerca de R$ 2 milhões para não ser exposto.

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