Paulo Moura - 14/08/2021 08h42

João Teixeira de Faria, conhecido como João de Deus, foi denunciado mais uma vez pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) pela prática de crimes sexuais enquanto atuava na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia, no Entorno do Distrito Federal. Esta é a 15ª denúncia feita pelo órgão contra ele.

A acusação oferecida na sexta-feira (13) pelo MP trata da prática de estupro de vulnerável contra oito mulheres. João de Deus, que nega as acusações, esteve detido no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital goiana, mas por causa da pandemia foi autorizado a ficar em prisão domiciliar.

O documento enviado à Justiça foi assinado pelo promotor de Justiça Luciano Miranda Meireles. De acordo com ele, os crimes mencionados ocorreram entre 1987 e 2017. Meireles destaca que, entre as provas apresentadas, estão relatos e testemunhos.

O MP aponta que as vítimas são dos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Maranhão, Goiás, Santa Catarina, Mato Grosso e Espírito Santo. A denúncia relaciona ainda outras 44 vítimas, mas, conforme o promotor, em razão de os crimes estarem prescritos, elas figuraram como testemunhas.

João de Deus já foi condenado por quatro crimes. A Justiça não informou o andamento dos processos julgados por estarem em segredo. Pelo crime de posse ilegal de arma de fogo, ele foi condenado a 4 anos em regime semiaberto, novembro de 2019.

Um mês depois, João foi condenado a 19 anos em regime fechado por crimes sexuais cometidos contra quatro mulheres. Em janeiro de 2020, também por crimes sexuais, mas dessa vez cometidos contra cinco mulheres, ele foi sentenciado a 40 anos em regime fechado. Por fim, em maio de 2021, veio a condenação por violação sexual mediante fraude, o que levou a uma pena de dois anos e meio de reclusão, a serem cumpridos em regime aberto.

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