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MP arquiva ação contra peça com Jesus de cabelos vermelhos

Os moradores acreditaram que Jesus seria retratado como homossexual e tentaram impedir a apresentação

Pleno.News - 05/05/2023 20h39 | atualizado em 08/05/2023 13h11

Espetáculo Paixão de Cristo em Cefelândia (SP) Foto: Coordenadoria da Cultura - Cafelândia/SP

O Ministério Público de São Paulo (MPSP) arquivou uma ação movida por um advogado da cidade de Cafelândia, interior de São Paulo, contra uma peça teatral da Paixão de Cristo que trazia o personagem principal como um homem de cabelos vermelhos.

Pela divulgação da peça, os moradores acreditaram que Jesus seria retratado como homossexual e tentaram impedir o espetáculo que seria apresentado nos dias 21 e 22 de abril.

A Coordenadoria de Cultura da cidade fazia a divulgação da peça e muitos cidadãos se mostraram indignados com a possibilidade de Jesus ser representado com uma orientação sexual que é condenada pela Bíblia.

– Só olhando a postagem tenho certeza que qualquer um que vive fielmente a Jesus se sentiu mal e ofendido – disse um morador da cidade.

O advogado Vinícius Cardoso da Silva, autor do pedido, justificou a ação dizendo que se tratava de uma “sátira” da imagem de Jesus e que a peça estava “ultrapassando assim os limites da liberdade artística protegida pelo texto constitucional”.

Todavia, o MPSP resolveu arquivar a ação, porque a orientação sexual do personagem não foi mencionada na peça.

– Em nenhum momento é sequer mencionado que a figura de Jesus seria apresentada na peça como tendo esta ou aquela orientação sexual – escreveu o promotor Thiago Rodrigues Cardin.

O promotor ainda criticou a interpretação errada que os moradores tiveram por causa do estereótipo do ator escolhido para a apresentação.

– A conclusão de que Jesus é “retratado como um homossexual” por estar com os “cabelos pintados de vermelho” é mera ilação do noticiante, baseada em representações estereotipadas – como se a cor do cabelo, a forma de se vestir, o jeito de falar ou qualquer outra característica individual, por si só, definisse a orientação sexual de uma pessoa – completou Cardin.

Com a polêmica, a peça teatral ganhou notoriedade e acabou se tornando um sucesso na cidade, inclusive, com uma apresentação extra no dia 23 de abril.

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