Paulo Moura - 20/05/2020 08h05

Em situação já alertada pelo presidente Jair Bolsonaro diante do quadro de fechamento quase total da economia, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, dessa vez recebeu o alerta do Ministério Público (MP) sobre o risco de que saques e vandalismo sejam praticados contra estabelecimentos comerciais da capital paulista.

O aviso veio dos promotores Anna Trotta Yaryd e Eduardo Ferreira Valerio, que fazem parte da Promotoria de Direitos Humanos do MP paulista. Segundo eles, “graves distúrbios” podem acontecer diante do cenário de retração econômica causado pela quarentena.

Na documentação enviada ao prefeito e à secretária de Assistência Social, Berenice Gianella, os promotores recomendam, entre outras medidas, a distribuição de cestas básicas ou de cartões de alimentação àqueles que perderem renda na crise.

– O que se espera de um administrador público consciente de suas responsabilidades, num grave momento histórico como esse, é lucidez para perceber a situação, compromisso com os mais pobres, ousadia e coragem para implementar as medidas necessárias com rapidez e eficiência – dizem os promotores.

Em resposta ao MP, a Prefeitura de São Paulo afirmou que está destinando recurso para compra de cestas básicas já que, segundo eles, os restaurantes de assistência social estão fechados. O município disse ainda que os alimentos doados ao poder público estão sendo distribuídos nos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS).

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