Gabriela Doria - 25/09/2019 15h13

O advogado da OAB do Rio Rodrigo Mondego, que acompanha as investigações sobre a morte da menina Ágatha Vitória Félix, de 8 anos, afirmou nesta quarta-feira (25) que o motorista da Kombi que levava a menina está sofrendo ameaças. Mondego está prestando apoio jurídico aos familiares da menina.

– A gente não quer expor mais detalhes por questão de segurança das testemunhas. Todas estão com bastante medo. Elas moram em uma comunidade deflagrada do Rio de Janeiro, sofrem opressões por todos os lados. O motorista está se sentindo ameaçado – disse o advogado em entrevista coletiva na frente da Delegacia de Homicídios da Capital, onde os pais de Ágatha prestaram depoimento nesta quarta.

Ainda de acordo com o advogado, todas as testemunhas ouvidas até o momento afirmaram que não havia confronto no Complexo do Alemão na hora em que Ágatha foi baleada.

– Todas as testemunhas ouvidas até agora, por parte da família e outras, dizem que não sabem de onde partiu a bala. A bala pode ter partido de uma briga de bar, de um marido tentando matar a mulher, de um marginal, de um policial, mas não havia confronto na localidade naquele momento – declarou Mondego.

Mondego afirmou que a Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ continuará prestando apoio jurídico aos envolvidos no caso. Ele também ressaltou que a família de Ágatha confia no trabalho da Divisão de Homicídios que está à frente do caso.

Os pais de Ágatha, Vanessa Félix e Adegilson Lima, chegaram por volta das 10h30 desta quarta para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios da Capital. O motorista da Kombi onde Ágatha estava também foi ouvido.

Ágatha Vitória Félix, de 8 anos, morreu após ser baleada na madrugada do último sábado (21), no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ela e a mãe voltavam para casa de Kombi quando Ágatha foi atingida por uma bala perdida.

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