Morte em BH pode ser a 3ª por causa de cerveja contaminada
Polícia confirmou que homem de 89 anos teve síndrome nefroneural
Camille Dornelles - 16/01/2020 11h00
Nesta quinta-feira (16), a Polícia Civil de Minas Gerais confirmou a terceira morte por síndrome nefroneural em Minas Gerais. A doença é associada à contaminação de uma produtora de cervejas local que usou água suja na produção.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a cerveja da produtora artesanal Belorizontina, da Backer, estava contaminada com uma substância proibida, chamada dietilenoglicol. A substância foi encontrada no sangue de pacientes que apresentaram sintomas da síndrome nefroneural.
A terceira vítima foi um idoso de 89 anos, que faleceu no Hospital Mater Dei, no Centro-Sul de Belo Horizonte. Além dele, Antônio Márcio Quintão de Freitas, de 76 anos, e Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos, também morreram com os mesmos indícios de contaminação.
SÍNDROME NEFRONEURAL
A ingestão da substância tóxica provoca a doença que recebe esse nome por afetar os rins e lesar o sistema nervoso. Os primeiros sintomas são de uma intoxicação: náuseas, vômitos e dor abdominal. Depois a toxina provoca insuficiência renal aguda. De 5 a 10 dias após a contaminação, os pacientes podem apresentar perda visual, paralisia facial e degeneração das fibras musculares, podendo causar fraqueza nos membros.
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