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Morte de paciente com “fungo preto” é investigada em Manaus

A mucormicose foi registrada em 9 mil pessoas com Covid-19 na Índia

Thamirys Andrade - 31/05/2021 15h52 | atualizado em 31/05/2021 16h47

Doença mata 50% dos infectados e pode levar a cirurgias mutilantes Foto: Reprodução

A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas informou neste domingo (30) ter registrado um caso de mucormicose, infecção provocada por um fungo popularmente conhecido como “fungo preto”.

O paciente em questão era um homem diabético de 56 anos, morador de Manaus. Ele foi internado no dia 16 de abril com sintomas de gripe, mas não testou positivo para a Covid-19. A doença que de fato o vitimou começou com uma coceira nos olhos e evoluiu para uma grave infecção fúngica.

A mucormicose foi recentemente observada em 9 mil pacientes com o novo coronavírus na Índia e é responsável por matar 50% dos acometidos. Devido à sua agressividade, boa parte dos pacientes expostos ao fungo precisa de cirurgias mutilantes, a fim de retirar partes do corpo infectadas, como os olhos ou mesmo a mandíbula.

A comunicação de risco do caso em Manaus foi feita pelas autoridades ao Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde nacional. A investigação será concluída após análise do Laboratório Central de Saúde Pública e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.

O estado de Santa Catarina também investiga um caso suspeito em um paciente diabético de 52 anos, em Joinville.

A mucormicose é normalmente encontrada em solo, plantas, esterco e frutas e vegetais em decomposição. Para os cientistas, a ligação do “fungo preto” com a Covid-19 pode estar relacionada à diminuição da imunidade e ao uso de esteroides para tratar casos graves do vírus.

Apesar dos relatos da Índia serem preocupantes e precisarem ser monitorados, especialistas apontam que é improvável que o “fungo preto” se espalhe pelo Brasil ou pelo mundo. Eles ressaltam que fungos do tipo são conhecidos e estudados desde o século 19 e já circulam livremente por boa parte do planeta.

– Essa situação local não constitui uma ameaça à saúde pública global – disse o infectologista Alessandro Comarú Pasqualotto, professor da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, à BBC News Brasil.

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