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Monique em carta: “Fui a melhor mãe que Henry poderia ter tido”

Pedagoga negou que tenha acobertado crueldade contra o filho

Thamirys Andrade - 26/04/2021 11h07 | atualizado em 26/04/2021 11h51

Monique Medeiros e o filho, Henry Borel Foto: Reprodução

Em carta de 29 páginas escrita à mão, Monique Medeiros deu uma nova versão sobre a morte do filho, Henry Borel, e do relacionamento que ela mantinha com o vereador Dr. Jairinho. Em um trecho da missiva, a pedagoga disse que foi a “melhor mãe que Henry Borel Medeiros poderia ter tido”.

– Nunca acobertei maldade ou crueldade em relação ao Henry. Nunca encostei um dedo dele, nunca bati no meu filho. Eu fui a melhor mãe que ele poderia ter tido. Minha vida hoje não faz mais sentido algum – escreveu ela no Complexo de Bangu, zona Oeste do Rio, onde se encontra presa e em tratamento contra a Covid-19.

Monique considera seu relacionamento com Jairinho um erro e disse que daria qualquer coisa para ter Henry de volta.

– Infelizmente, hoje vi que tomei uma atitude errada. Daria qualquer coisa para ter minha família de volta, acordar vendo o meu filho sorrir, acompanhar o desenvolvimento dele, receber seu carinho diário, ouvir dezenas de vezes de como eu era linda, contar todas as histórias de monstros, castelos e príncipes, ver ele escrevendo suas primeiras palavras… Só Deus sabe e pode mensurar a dor e o buraco que existem em meu coração.

Em seus novos relatos, Monique conta que vivia um relacionamento abusivo com Dr. Jairinho e que tentou se afastar dele por diversas vezes. A polícia, contudo, sinalizou anteriormente que não há indícios de que a pedagoga fosse ameaçada pelo namorado.

– Eu tentava a todo custo me afastar e me desvincular dele [Jairinho], mas fui diversas vezes ameaçada, e minha família também. […] Só pude entender o relacionamento que eu estava vivendo quando fui presa, e a maior perda e a maior pena que eu poderia ter em minha vida foi a morte o meu filho amado, Henry – escreveu Monique.

O menino Henry Borel faleceu no último dia 8 de março, aos 4 anos de idade, em decorrência de 23 lesões. Monique sabia das agressões que a criança vinha sofrendo, desde, pelo menos, o dia 12 de fevereiro. Ela e o namorado, Jairo Souza, foram presos após tentativas de atrapalhar o curso das investigações. Ambos são acusados de envolvimento na morte do menino.

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