Henrique Gimenes - 22/09/2017 17h15

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, propôs, nesta sexta-feira (22), a criação de uma força-tarefa federal para combater o crime organizado e instituições capturadas pelo “estado paralelo” no Rio de Janeiro. A força-tarefa seria composta por policiais federais, procuradores e juízes.

O ministro esteve reunido com a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, para tratar, entre outros temas, do assunto. Em entrevista coletiva no Palácio do Planalto, Jungmann afirmou que equipe iria atuar durante todo o tempo necessário.

– Que eles sejam policiais, juízes e procuradores dedicados ao Rio de Janeiro durante o tempo que for necessário para combater não só o crime organizado, mas o Estado paralelo que hoje existe no Rio, que é exatamente aquelas instituições do Estado que foram capturadas pelo crime organizado – afirmou.

Mais cedo, o ministro da Defesa informou que autorizou o envio de 950 homens do exército para atuar na Favela da Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Raul Jungmann também disse que a Procuradora-Geral da República sugeriu que as conversas entre advogados e presos do comando do crime organizado fossem gravadas. Segundo o ministro, Raquel Dodge propôs a instalação de parlatórios, separados por vidros e com telefones, para a conversas com os detentos. Ele afirmou que irá levar a proposta à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).