Ministério Público de S. Paulo rejeita leniência da Lava Jato
Promotores não aceitarão provas da Odebrecht; investigações sobre PSDB podem atrasar
Camille Dornelles - 25/09/2017 15h14
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) não vai aceitar leniência – uma modalidade de delação premiada – da empresa Odebrecht feita à Operação Lava Jato. De acordo com os dez promotores que recusaram o acordo, o MP vê irregularidades no texto da leniência da empreiteira.
Uma delas seria a discordância da Controladoria Geral da União (CGU) e da Advocacia Geral da União (AGU) com os termos acordados.
A decisão afeta investigações sobre suposto pagamento de propina durante obras no Metrô de SP, instalações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e do Departamento de Estradas de Rodagem (DER).
Entre os investigados desses casos estão o governador Geraldo Alckmin (PSDB), José Serra (PSDB) e o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab (PSD).
O acordo de leniência é feito entre investigadores e empresas acusadas de irregularidades, desde que estas entreguem provas de outros envolvidos em troca de benefícios.
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