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Miguel: Laudo desmente ex-patroa sobre botão do elevador

Instituto de Criminalística afirmou que primeira-dama de Tamandaré acionou o dispositivo que levou criança para a cobertura

Paulo Moura - 01/07/2020 08h36 | atualizado em 01/07/2020 08h46

Sarí Corte Real foi desmentida por laudo da Polícia Civil Foto: Reprodução

Ao contrário do que foi alegado por Sarí Corte Real, ex-patroa da mãe de Miguel Otávio, menino de 5 anos que morreu ao cair de um prédio no Recife, um laudo do Instituto de Criminalística de Pernambuco (IC) indicou que a primeira-dama da cidade de Tamandaré (PE) acionou o botão do elevador que levou o garoto para a cobertura do edifício no dia do fato.

Na terça-feira (30), o advogado de Sari Corte Real, Pedro Avelino, declarou que a primeira-dama disse ao delegado Ramon Teixeira que apenas “simulou” apertar o botão do elevador onde o menino foi deixado sozinho.

Segundo a perícia, a criança chegou a acionar a tecla de alarme antes chegar ao 9º andar, de onde caiu. O Instituto de Criminalística indica que Miguel entrou e saiu cinco vezes dos elevadores social e de serviço do Edifício Píer Maurício de Nassau, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife.

O laudo também apontou que a criança estava sozinha quando caiu do prédio. Para isso, os peritos analisaram o tempo em que o garoto saiu do elevador e caiu no térreo que foi de 58 segundos. Além disso, também não havia vestígios da presença de outra pessoa no corredor onde a criança estava.

O resultado da análise foi anexado ao inquérito do delegado Ramon Teixeira. A Polícia Civil informou que a investigação deve ser concluída até a quarta (1º), podendo ser prorrogada por mais 30 dias. Em nota, o advogado constituído pela mãe de Miguel, Rodrigo Almendra, declarou que o laudo “detalha o abandono” e que a “diferença entre o acidente e o desamparo é a escolha”.

– Optou-se em desproteger. Miguel foi largado no elevador sem ninguém a sua espera – diz o defensor.

Já a defesa de Sarí afirmou que o laudo pericial produzido pelo Instituto de Criminalística limitou-se a indicar que o botão C (cobertura) foi pressionado em razão do movimento realizado por Sarí em filmagem amplamente divulgada pela mídia, mas que não analisa se o dispositivo foi efetivamente acionado.

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