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MG: Dono de loja é acusado de estuprar mulheres em provador

Até o momento, foram registrados cinco boletins de ocorrência

Ana Luiza Menezes - 29/12/2020 17h29 | atualizado em 29/12/2020 17h43

Em Minas Gerais, a Polícia Civil investiga o dono de uma loja de roupas por suspeita de estupro Foto: Reprodução/TV Globo

Em Minas Gerais, a Polícia Civil investiga o dono de uma loja de roupas por suspeita de estupro. De acordo com o portal G1, até o momento foram registrados cinco boletins de ocorrência contra o homem.

Em redes sociais, mais de 50 vítimas relataram abusos sofridos na loja Ana Modas, que fica no Shopping Uai, no Centro de Belo Horizonte. A maior parte dos relatos apontou o provador da loja como o cenário dos abusos.

Entre as vítimas estão funcionárias, clientes e outras mulheres que teriam sido procuradas para parcerias de divulgação da loja. Segundo a polícia, o primeiro caso já tinha sido denunciado em 2017, quando uma jovem de 18 anos foi beijada à força durante uma entrevista de emprego.

O dono da loja foi identificado como Cleidison dos Santos Fernandes. Em 2017, ele procurou a polícia para prestar esclarecimentos sobre a denúncia.

Novos relatos surgiram depois que uma adolescente usou a internet, na semana passada, para falar sobre o abuso que sofreu. A publicação dela foi compartilhada pela estudante Maria Eduarda Amaral, de 20 anos, que descobriu vários outros casos.

– Quando postei no meu Instagram, outra amiga minha disse que também havia sido abusada por ele. Eu fiquei assustada porque, só no meu círculo social, eram duas vítimas. Fiz a exposição e postei nos stories. Depois disso, várias meninas começaram a me chamar; muitas mesmo. Os casos são parecidos, de entrar no provador e passar a mão nelas. Foram mais de 50 relatos – contou Maria Eduarda.

Entre as vítimas estão funcionárias, clientes e outras mulheres que teriam sido procuradas para parcerias de divulgação da loja Foto: Reprodução

Quem também se pronunciou foi uma ex-funcionária da loja, que procurou a polícia após ver o post de Maria Eduarda. À TV Globo, a jovem disse que trabalhou com o suspeito durante 3 meses e sofreu abuso em 2018. No último domingo (27), a ex-funcionária registrou boletim de ocorrência.

Outra estudante, de 20 anos, que não teve o nome revelado, relatou ter sido atacada no provador da loja. Ela foi ao local após um convite de parceria, no início de 2019.

– Eu estava dentro do provador. As funcionárias tinham ido embora. Fiquei sozinha na loja com ele, mas eu não estava sabendo. Coloquei o biquíni, ele abriu a cortina e começou a passar a mão em mim. Fiquei desconfortável. Ele falou que o biquíni era meu e que eu já podia sair. Quando vesti minha roupa, vi que não tinha funcionária mais lá. Ele me imobilizou, segurou meus braços e começou a me beijar à força, com meus braços imobilizados, para trás. Pedi para sair. Ele falou pra eu não gritar, mas eu gritei. Como tem outras lojas em volta, ele me soltou. Eu pensei que eu era a única e me calei. Quando ela [Maria Eduarda] postou, eu me assustei e consegui falar. Foi a primeira vez que falei sobre isso para alguém – contou.

Na internet, mulheres relataram abusos Foto: Reprodução

O Shopping Uai enviou uma notificação para que a Loja Ana Modas se manifeste, sob pena de rescisão sumária de seu contrato de locação, e disse, em nota, que repudia “qualquer forma de violência e abuso, principalmente contra as mulheres”.

A polícia destacou que as vítimas precisam procurar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher para formalizar as denúncias.

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