Thamirys Andrade - 26/11/2020 16h48 | atualizado em 26/11/2020 18h23

Vítima da colisão entre um ônibus e um caminhão em Taguaí (SP), Sônia Vilhena, de 23 anos, perdeu parte da família no acidente. A tragédia tirou a vida de sua mãe, de 50 anos, seu marido, de 25, e feriu gravemente sua irmã e seu primo. Sônia afirma que não teria sobrevivido se o parceiro, Ronivan, não tivesse se atirado sobre ela para protegê-la no momento da colisão.

– Eu estava no terceiro banco. Só estou viva porque meu marido me salvou – relatou, emocionada, ao portal Metrópoles.

Sônia velou os corpos dos entes queridos na manhã desta quinta-feira (26), ao lado de seu filho de 1 ano e 8 meses, descrito como um sonho realizado para ela e Ronivan. Ela e o marido eram casados há seis anos.

A costureira relatou ainda que sua irmã acaba de passar por uma cirurgia, e ainda não foi avisada sobre a morte da mãe e do cunhado. Ela não também não sabe sobre o primo, que precisou ter as duas pernas amputadas.

A família trabalhava em uma fábrica têxtil, em Fartura (SP), e, de acordo com Sônia, faziam o trajeto diariamente com receio.

– Ele [motorista do ônibus] corria muito, tentava ultrapassar sempre. Não digo que a culpa é dele. Isso só Deus sabe. A única coisa que quero é que tenha justiça, foram muitas vítimas com a vida interrompida – lamentou.

O acidente ocorreu na Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, entre Taguaí e Taquarituba, e deixou 41 mortos. Mesmo sem licença para operar, o ônibus transportava mais de 50 pessoas quando se chocou contra um caminhão na manhã desta quarta-feira (25). A apuração inicial indica que houve falha humana. O motorista do ônibus ainda não foi ouvido formalmente sobre as causas do acidente pois está internado em estado grave.

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