Gabriela Doria - 03/12/2020 15h20 | atualizado em 03/12/2020 15h33

A celebração de uma missa de Crisma foi interrompida, no último sábado (28), pela Polícia Militar e por autoridades sanitárias da Secretaria Municipal de Saúde de Botuverá, no interior de Santa Catarina. De acordo com a Anvisa, a cerimônia acontecia sem o respeito às restrições sanitárias impostas por causa da pandemia. O rito foi interrompido antes da Comunhão.

Em nota, a Prefeitura de Botuverá justificou que a interrupção foi feita porque a missa não cumpriu um decreto estadual que colocava a cidade como Matriz de Risco Potencial Gravíssimo, classificação que proíbe a realização de eventos sociais.

No entanto, um dos pontos questionados é que se tratava de uma cerimônia religiosa e não de um evento social, como pontuou a prefeitura – interpretação que levou ao encerramento da celebração. Um outro instrumento normativo determina as regras para templos religiosos e impõe a limitação de no máximo 30% da capacidade do local de culto, regra que foi seguida durante a realização da missa de Crisma na Paróquia São José.

A paróquia argumenta também que a realização da cerimônia já havia sido comunicada às autoridades locais, que haviam concordado com a missa.

Em uma nova nota, a prefeitura reconheceu que a celebração da Crisma já havia sido permitida, mas que o Ministério Público e a Secretaria Estadual de Saúde tiveram entendimento diferente sobre a possibilidade da realização do evento.

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