Thamirys Andrade - 11/04/2023 12h49 | atualizado em 11/04/2023 14h36

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) condenou um supermercado de Curitiba a indenizar uma cliente que escorregou em uma poça de azeite e fraturou o joelho, em um acidente ocorrido em setembro de 2013. Segundo a Corte, a mulher foi vítima de danos morais, estéticos e materiais.

De acordo com informações do jornal O Globo, a queda ocorreu no estacionamento do mercado, logo após a cliente guardar as compras no porta-malas de seu carro. Na ocasião, ela ia até a porta do motorista, quando escorregou. A mulher afirma que chegou a pedir que um funcionário chamasse o gerente, entretanto, ele não compareceu ao local.

Com dificuldades, a mulher entrou em seu próprio veículo e conseguiu dirigir até um hospital das proximidades. Na unidade de saúde, os médicos a diagnosticaram com fratura na patela do joelho. Ela precisou ficar internada e passar por cinco cirurgias, ganhando uma cicatriz de nove centímetros na perna.

O período de hospitalização fez com que a paciente fosse afastada do trabalho, fizesse fisioterapia e dependesse de auxílio-doença para apoiá-la financeiramente. No decorrer de sua recuperação, a mulher perdeu uma viagem, desmarcou a festa de formatura do filho e não pôde ir a uma apresentação de teatro da filha.

O mercado, por sua vez, afirmou que tratou-se de um “mero aborrecimento ou dissabor do cotidiano, não sendo capaz de configurar dano moral”. A defesa diz que as lesões são de responsabilidade da própria cliente, que já contava “com 43 anos de idade e frágil condição fisiológica”, além de fazer aulas de dança, o que poderia aumentar a possibilidade de “lesões preexistentes”. A empresa ainda alegou que a gravidade do ferimento foi “leve”.

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