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Mensagens indicam que Jairinho e Monique temiam ser achados

Conversas apontam que Monique estava preocupada se a localização do casal estava sendo rastreada

Paulo Moura - 05/05/2021 07h33 | atualizado em 05/05/2021 09h38

A mãe de Henry, Monique Medeiros, e o padrasto, o vereador Dr. Jairinho Foto: Reprodução

Mensagens recuperadas nos telefones apreendidos com o casal Dr. Jairinho e Monique Medeiros, trocadas dias antes da prisão dos dois, indicam que o casal estava preocupado em ser rastreado. Em alguns recados, é possível ver Monique questionando se é possível descobrir sua localização pelo acesso ao Instagram.

– Eu acho que o insta mostra a localização. Será que conseguem localizar a casa de onde dormimos? – pergunta.

Monique também chegou a dizer que sua localização estava dando em Itaperuna, no Noroeste Fluminense, e que dias atrás o celular aparecia em Seropédica, na Região Metropolitana do Rio. Jairinho então responde que o sinal estava ruim no local onde Monique estava, o que para os investigadores levantou a suspeita de que o casal planejava fugir.

A conversa – obtida pelos investigadores a partir das quebras dos sigilos telefônicos – ocorreu no início da noite de 28 de março, dois dias depois de a Polícia Civil cumprir mandados de busca e apreensão na casa dos pais do casal. Foram esses dois endereços, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, que Monique e Jairinho informaram como moradia atual quando foram depor na delegacia.

A polícia afirma que, apesar de Monique dizer que estava sendo manipulada, havia sintonia entre ela e Jairinho após o crime. A conclusão do inquérito é que Henry era submetido a uma rotina de agressões, que mãe do Henry sabia que o filho era agredido pelo padrasto. De acordo com os policiais, Monique não tomou nenhuma medida para protegê-lo.

Para o delegado Henrique Damasceno, da 16ª DP, Monique mentiu para a polícia em seu depoimento. De acordo com o agente policial, uma nova oitiva da mãe de Henry é desnecessária, já que ela ainda poderá se posicionar no âmbito do processo legal.

– Em relação a esse argumento de calar a Monique, isso é um argumento absolutamente descabido. [Em] Primeiro lugar, porque nós temos que considerar que ela foi devidamente ouvida na qualidade de investigada por horas em sede policial. Em segundo [lugar]… por lei, ela terá duas oportunidades para se manifestar em juízo, na presença dos seus advogados, [do] promotor de Justiça e de uma juíza de Direito. Então, temos que lembrar que o único que foi calado aqui foi o Henry. Ele foi calado. Ele pediu ajuda. E não foi ouvido – completou Damasceno.

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